O dólar fechou em alta de 1,84% nesta sexta-feira (20), cotado a 5,521 reais, após sete sessões consecutivas de queda. Esse movimento de valorização foi impulsionado por um ajuste natural no mercado, refletindo a reprecificação dos ativos e da curva de juros brasileira, em meio a expectativas de um aperto monetário mais agressivo pelo Banco Central do Brasil. No acumulado da semana, apesar da alta de hoje, a moeda norte-americana ainda registrou uma queda de 0,83%.
Analistas destacam que o principal fator por trás desse ajuste foi o fortalecimento global do dólar, influenciado por um ambiente externo de cautela. A manutenção dos juros na China, mesmo com sinais de enfraquecimento da economia chinesa, também contribuiu para o movimento. Além disso, o mercado aguarda ações mais concretas do governo brasileiro para o corte de despesas, o que adiciona uma camada de incerteza e influência no câmbio.
Relembre as quedas dos dias anteriores: na quinta-feira (19), recuou 0,71% e encerrou o dia cotado a R$ 5,42. Na quarta-feira (18), fechou a R$ 5,46, com baixa de 0,47%. Na terça-feira (17), a cotação foi de R$ 5,48, uma queda de 0,45%. Na segunda-feira (16), a moeda encerrou a R$ 5,51, com forte recuo de 1,01%. Na sexta-feira (13), caiu 0,89%, sendo cotada a R$ 5,56. Na quinta-feira (12), registrou baixa de 0,57%, fechando a R$ 5,61, e na quarta-feira (11), teve uma leve queda de 0,10%, fechando em R$ 5,64.
O dólar fechou os últimos 12 meses (52 semanas) com saldo positivo de 11,19% em relação ao real brasileiro e com variação de cotação entre R$4,8018 mínimo e R$5,8657 na máxima.
- O que já aconteceu em setembro
Na terça-feira (10), o dólar subiu 1,32%, fechando a R$ 5,65, impulsionado pela fraqueza da economia chinesa e queda nas commodities, além da expectativa de uma Selic menor no Brasil. Outro destaque foi na quinta-feira (05), quando a moeda caiu 1,19%, fechando a R$ 5,57, após dados fracos de empregos nos EUA, fortalecendo expectativas de cortes agressivos na taxa de juros pelo Fed.
- Agosto
Na última semana de agosto, o dólar teve cinco altas seguidas, fechando em R$5,6363 na sexta-feira (30) e acumulando alta de 2,86% na semana. Antes disso, subiu de R$5,49 na segunda-feira (26) para R$5,6227 na quinta-feira (29). Em contrapartida, na primeira quinzena do mês o dólar caiu de R$5,74 em 5 de agosto para R$5,4491 no dia 13, acumulando queda de 5,09%.
- Julho
Em julho, o dólar teve grandes oscilações. Na quarta (24), subiu 1,24% para R$5,65. Na quinta (18), aumentou 1,89% para R$5,58, e na quarta (17), subiu 1%, ambos por questões fiscais. Na terça (9), caiu 1,15% para R$5,39. Na quinta (4), caiu 1,49% para R$5,48. Na quarta (3), o dólar teve uma queda de 1,72% para R$5,56, a maior desde o início do governo Lula. Na segunda (1º), subiu 1,13% para R$5,65.
Destaques do primeiro semestre de 2024
- Junho
Em junho, o dólar acumulou alta de 6,47%, com maior variação na sexta (28), subindo 1,50% e fechando a R$5,5907. A maior queda foi na segunda (24), caindo 0,94% para R$5,39. Na terça (25), subiu 1% para R$5,45, e na sexta (7), aumentou 1,44%, chegando a R$5,32.
Em 31 de maio, o dólar subiu 0,78%, fechando a R$5,25, o maior valor desde abril. A Ptax impulsionou uma alta mensal de 1,12%, apesar da desvalorização externa. No dia 29, a moeda subiu 1,10% para R$5,21, influenciada pelos rendimentos dos Treasuries. No início de maio, destacou-se a alta de mais de 1% no dia 9, fechando a R$5,14. Em contraste, o dólar caiu 1,53% no dia 2, cotado a R$5,11, e no dia 3, atingiu R$5,0693, seu menor valor em quase um mês.
- Abril
Na sexta (26), o dólar caiu quase 1%, fechando a R$5,11, interrompendo quatro semanas de ganhos devido a dados positivos de inflação dos EUA. Na terça (23), o dólar teve a terceira queda seguida, cotado a R$5,12. Na terceira semana de abril, após várias altas, o dólar caiu firme na sexta (19), a R$5,19, enquanto na terça (16), subiu 1,64% para R$5,26, maior alta em mais de um ano.
- Março
Na quarta-feira (20), o dólar caiu 1,14% para R$4,97 após o Fed manter a taxa básica e projetar cortes futuros. Na segunda (18), subiu 0,54% para R$5,02, fechando acima de R$5 pela primeira vez desde outubro de 2023. Na semana anterior, dados fracos do IPC e IPP dos EUA reduziram as chances de cortes nas taxas de juros, possivelmente adiando para o segundo semestre. Na sexta (8), o dólar subiu 0,95% para R$4,98 após um relatório de empregos nos EUA superar expectativas.
- Fevereiro
No final de fevereiro, na terça (27), o dólar caiu 0,98% para R$4,93. Na sexta (23), subiu 0,83% para R$4,99, próximo de R$5. Em 19 de fevereiro, a China reduziu sua taxa de juros para 3,95%. Na quinta (8), o dólar quase atingiu R$5, fechando a R$4,9956, com alta de 0,55%.
- Janeiro
Na “Super Quarta” (31) de janeiro, o Fed manteve a taxa de juros, enquanto o Copom reduziu a Selic para 11,25%. Na sexta (26), o dólar caiu pelo quarto dia seguido, fechando a R$4,91. Na terça (16), subiu 1,23% para R$4,9268, maior alta desde 2 de janeiro. No dia 2, o dólar também subiu mais de 1%, cotado a R$4,91.
Algo Mais de do que Aconteceu de Relevante
Na sexta, 15 de dezembro escrevemos uma análise e “retrospectiva sobre o dólar em 2023” sobre o que se poderia esperar para 2024. E no domingo, 16 de julho de 2023, produzimos um artigo interessante que teve como título “O enfraquecimento do dólar e seus efeitos ao redor do mundo” e que recomendamos a leitura.
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