Por Lindenberg Junior

Elon Musk Neuralink e1706742212865Ajudar o cego a enxergar e o paralítico a andar. Bem, pelo menos é o que supostamente a startup Neuralink de Elon Musk espera que aconteça. A empresa vinha se empenhando em uma tecnologia que visava implantar na superfície externa do cérebro humano um chip para permitir que essas coisas sejam possíveis. No último dia 28 de janeiro (2024*), o bilionário fundador da empresa, Elon Musk, finalmente disse que o primeiro humano recebeu um implante e está se recuperando bem.

A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA autorizou a empresa em 2023 a realizar o seu primeiro ensaio para testar o seu implante em humanos. O dispositivo, que ainda se encontra em fase de testes, tem valor estimado pela empresa em US$ 10,5 mil, o equivalente a cerca de R$ 51 mil.

O doutor Marco Baptista, Chief Executive Officer da Reeve Foundation disse em entrevista a NBC News americana que a novidade deve revolucionar a ciência e a medicina e citou por exemplo, em caso de recuperação de pessoas com paralisias e lesão medular.

Segundo a Bloomberg, o valor de R$ 51 mil deve cobrir exames e mão de obra, além das peças em si. A Neuralink espera atingir uma receita anual de US$ 100 milhões dentro de cinco anos após o lançamento do produto.

Como funciona o chip da Neuralink?Image Neuralink Chip N1 Foto Divulgacao Neuralink Alex Wheeler e1706741180216

O primeiro produto oficial da empresa se chama “Telepatia” e vai permitir a conexão do cérebro com celulares e computadores. Segundo o empresário, os primeiros usuários serão pessoas com deficiência que perderam o uso dos dedos.

O chip deve colocar milhares de eletrodos mais finos do que cabelos na superfície externa do cérebro e se comunicar sem fio com o mundo exterior na esperança de permitir a estimulação necessaria que possa resolver esses problemas.

Em um determinado evento da fase de testes, a Neuralink mostrou que um macaco com o chip era capaz de digitar apenas com a mente em um teclado virtual, mas o mais incrível foi que o chip foi capaz de usar esses mesmos eletrodos para enviar sinais de volta aos neurônios que compõem o cérebro e o sistema nervoso, o que fez ajudar pessoas com tetraplegia a andar ou usar as mãos.

“Nosso objetivo será acender as luzes para alguém que passou décadas vivendo no escuro”, disse na época o pesquisador da Neuralink, Dan Adams, que estava trabalhando nos esforços de “reembalar” os dados da câmera em um formato compatível com o cérebro e canalizá-los diretamente para o córtex visual.

Facebook Comments