Por Laís Oliveira
O dado não é novidade há muitos anos: a atividade mais comum para mais da metade de brasileiros que viaja aos EUA é fazer compras. Mesmo com a crise econômica que o país tem enfrentado e com a diminuição do número de viagens, brasileiro gosta mesmo é de gastar quando está nos “States”. Mas existem fatos relevantes dentro desse costume.
Orlando por exemplo, passou Miami e de acordo com um levantamento feito em fevereiro (2018), a cidade sede da Disney World é o destino mais buscado por brasileiros. O fato de ter a Disney como atração junto com tarifas de voos promocionais e uma crescente comunidade brasileira que inclui donos de negócios, tem feito de Orlando a nova “queridinha” dos brasileiros.
Em 2016, a crise econômica brasileira e as incertezas políticas fizeram muita gente adiar a viagem de férias, porém a venda de pacotes de viagens para Orlando teve um aumento de 50% em 2017 e o câmbio foi um dos principais motivos para os turistas irem à Flórida. Com a queda no preço do dólar, a procura por Orlando aumentou muito e muitos brasileiros puderam viajar para lá pela primeira vez.
Seguindo Orlando, está na rota dos brasileiros Miami, em segundo lugar, e Las Vegas em terceiro. Outros destinos nos EUA preferidos por brasileiros são Nova York, São Francisco e Los Angeles. De acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), estes são os destinos mais procurados por aliarem atrações turísticas a bons locais de compra.
O lazer está no planejamento da viagem, mas os preços baixos em eletrônicos, roupas e acessórios, produtos de beleza, itens domésticos e joias é o que mais chama a atenção dos brasileiros. Roupas de marca podem ter uma diferença de 50% em relação ao preço brasileiro. Roupas de criança e bebê ainda mais. Já visado desde muito tempo atrás, os eletrônicos podem chegar a até 40% mais barato. Já as mulheres, em particular, são atraídas pelos baixos preços de itens de moda e beleza como bolsas, perfumes e maquiagem.
Miami sempre atraiu belas praias e pela proximidade de qualquer parte do Brasil. Las Vegas atrai pela exuberância dos grandes cassinos e pela barganha nas diárias dos hotéis de 5 estrelas (ou seriam 6 estrelas?). Já Nova York, por ser a “capital do mundo” e ser chique dizer que “esteve em NY”. São Francisco, em particular a queridinha da galera LGBT, atrai pelo charme, historia e por ser pequena e fácil de conhecer/se locomover. E Los Angeles, claro, pelas famosas praias, pela cultura do surf, por Beverly Hills e Hollywood (incluindo a variedade de parques temáticos e visitas a estúdios de produção).
Apesar da grande procura dos brasileiros por Orlando, por exemplo, especialistas dizem que o movimento ainda está longe do que já foi em um passado não tão distante. Até 2015, muitos brasileiros viajavam até duas vezes por ano ou mais para os EUA, já depois de 2016, muitos viajam apenas uma vez ou nem isso, pois entendem que o momento para a economia brasileira é complicado e uma viagem pode comprometer o orçamento. Claro que, além da crise, a pandemia de Covid-19, junto à desvalorização do real, diminuiu ainda mais o número de viagens de brasileiros aos EUA em 2020.
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