Por Fabienne Lopez
Quando eles se antagonizam, passamos a acreditar que a vida só dá para o gasto, que nossos esforços e recursos são consumidos na luta para a nossa sobrevivência. De que há pouco espaço para o sonho e de que o cotidiano só serve para nos restringir e limitar.Você é uma daquelas pessoas que acha que a Lei de Murphy foi feita em sua homenagem, e que diante de um copo com água até a metade, o enxerga meio vazio? Cuidado! Seu pessimismo pode estar fazendo hora extra.
Durante o ano todo, estaremos vivendo a oposição entre Netuno e Saturno. Saturno representa o real, a economia, a vida concreta, as estruturas de sustentação da realidade. Netuno a inspiração criadora, a fé que remove montanhas, o sublime, os ideais e a poesia do amor universal.
Como lidar com esta maneira “sem fé” de encarar o mundo? A resposta é óbvia: Mudando o ângulo de nosso olhar. Ou, em outras palavras, cultivando o otimismo!! Enxergar o lado positivo das experiências é um aprendizado como qualquer outro, afirma Martin Seligman, psicólogo, autor de “ Aprenda ser otimista”.
Mas primeiro, é importante diferenciar otimismo do positivismo desconectado da realidade, o famoso “Complexo de Pollyanna”. Adotar uma atitude positiva e confiante não significa ser ingênuo, nutrir ilusões ou se forçar a ver tudo cor-de-rosa, como fazia a personagem criada por Eleanor Hodgman Porter. O otimista consciente reconhece que o mundo não é um mar de rosas nem tampouco um vale de lágrimas. Em outras palavras, otimismo implica compreender que o fracasso é circunstancial e pode ser transformado em oportunidade. O otimista enfrenta cada experiência, cada problema, sempre com a perspectiva de resolver a situação. Ele acredita que as dificuldades são contornáveis e age de forma rápida e decisiva na busca de soluções que permitam alcançar seu objetivo.
Já o pessimista espera que tudo aconteça do jeito que ele planejou, pois não confia na sua capacidade em tomar o controle da situação. Quando algo errado ocorre, ele se deixa paralisar pela frustração e medo, mergulha na negatividade e não consegue partir para a ação. Ao pessimista falta o que na física se chama resiliência – a propriedade de um corpo voltar à forma original depois de sofrer pressão ou tensão.
Tem uma história que ilustra esta diferença. Um fabricante de sapatos manda dois assistentes para um país distante para que eles estudem o potencial do mercado local. Um deles diz “Sem chance. Aqui ninguém usa sapatos”, o outro diz “Grandes chances. Aqui ninguém usa sapatos”. Pois bem, se este segundo assistente achar que basta chegar lá e com alguns pares de sapatos que ele vai fazer fortunas, ele não está sendo otimista, está sendo delirante. O otimista é aquele que percebe o grande potencial de mercado, mas sabe que este mercado vai ter que ser educado a usar sapatos, entender o produto, sentir suas vantagens etc.
Dá para perceber que a diferença entre o otimista e o pessimista está basicamente na forma como cada um conversa consigo mesmo. Por exemplo, quando alguma coisa sai errada, o otimista considera os fatores externos e acredita que toda situação infeliz é passageira. Otimistas pensam em termos de “às vezes” ou “por enquanto”. Enquanto o pessimista sempre culpa a si mesmo e explica os maus acontecimentos em ternos de permanentes e universais, característica que pode ser observada em frases como “só acontece comigo”, em termos de “sempre” ou “nunca”.
Abaixo, algumas dicas para desenvolver o otimismo no seu dia a dia:
• Verifique como você reage aos contratempos e entenda que reagir negativamente apenas retarda a solução do problema;
• Alimente o seu bem estar. Descubra novos prazeres nos gestos simples do cotidiano;
• Visualize suas tarefas e obrigações como oportunidades de mostrar a sua criatividade;
• Encare o cotidiano como uma lição de auto-conhecimento e vá para o mundo disposto a aceitar os desafios do dia;
• Quando se sentir inseguro, ansioso, triste ou com raiva, respire fundo, pois a respiração tem o poder de mudar rapidamente seu estado de alma;
• Procure desacelerar antes de dormir. Aproveite para valorizar as coisas boas que nos acontecem.
Claro que tudo isso é muito fácil de falar, porém difícil de realizar, mas com certeza trata-se de uma receita eficiente para se viver bem e mais; até 12 anos a mais, segundo uma pesquisa da clínica Mayo nos Estados Unidos.
* Fabienne Lopez é uma astróloga brasileira que reside a vários anos na área da baia de São Francisco. Ela foi uma colaboradora frequente da Soul Brasil magazine durante dois anos, entre os anos de 2005 e 2006 – Fabienne_at_astro-brasil.com
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