O mercado de trabalho sempre vivenciou períodos de altas e baixas ao redor do mundo, mas aqui nos EUA em particular (e talvez o mesmo aconteça em outros países), a situação vai ficar boa ou ruim dependendo da conjuntura em que o país estiver. E, obviamente, o cenário econômico influencia bastante para o aumento ou a queda de oportunidades de emprego.
Caso a economia se apresente de forma positiva é vantagem para aquele que busca uma vaga, isso porque fica mais fácil devido ao aumento da geração de empregos, assim como também na remuneração e nos benefícios. Mas quando o mercado passa por uma crise, fica óbvio entender que os candidatos terão muito mais dificuldade em encontrar um novo emprego.
Dependendo da circunstância, algumas áreas são mais atingidas do que outras, como foi o caso do ano de 2008, quando o setor imobiliário e o mercado financeiro americano entraram em colapso. A incerteza causada pela “bolha” da especulação gerou uma grande taxa de desemprego no país do Tio Sam.
Doze anos depois, em 2020, e apresentando a menor taxa de desemprego desde 1969, os Estados Unidos foram pegos de surpresa com a chegada da pandemia do novo coronavírus. Quando todos que moram nesse país pensavam que as coisas estavam voltando ao eixo, houve um pico histórico de perda de emprego. O mês de fevereiro de 2020 – poucas semanas antes do primeiro lockdown decretado pelo condado de Los Angeles – o número de desempregados, segundo o site Statista, foi de 5,72 milhões. Já no final do mês de abril, os números subiram para nada mais nada menos que 23,08 milhões.
O ano de 2020 realmente foi de um impacto sem precedentes para a economia americana, apesar dos números terem baixados gradativamente até o mês de fevereiro de 2021. Em junho, esse número foi de 16,74 milhões, em novembro foi de 10,73 milhões, e em fevereiro de 2021, de 9,97 milhões. Como se nota, o número de desempregados baixou progressivamente à medida que a economia se recuperava – e o controle da pandemia iria se tornando, mesmo que pouco a pouco, uma realidade.
Outro fator relevante é que, devido a essa crise gerada pela pandemia (assim como em outras crises nos Estados Unidos e também em outros países), alguns setores ou indústria melhoram ou pioram, o que faz com que mais ou menos vagas de emprego sejam oferecidas no mercado de trabalho. E com isso, algumas pessoas passam a buscar vagas em algumas áreas diferentes das que costumam procurar.
A crise sanitária que o mundo enfrentou com a pandemia atingiu inúmeras áreas e algumas foram de forma agressiva. É o caso das indústrias do turismo, lazer e entretenimento, que viram a busca por seus serviços despencarem em razão da obrigatoriedade do distanciamento social.
O desemprego em Las Vegas, por exemplo, aumentou quase oito pontos percentuais de novembro de 2019 a novembro de 2020 – quase cinco pontos percentuais a mais do que o país como um todo.
Com as ordens para ficar em casa, além do distanciamento social, houve também uma baixa no setor de transporte (poucas pessoas saíam de casa e precisavam de ônibus, metrô e de uber, por exemplo), na indústria automobilística (menos carros se fabricaram e se venderam) e de combustíveis (com os lockdowns mais pessoas ficaram em casa).
Por outro lado, como exemplo, a tecnologia fez com que várias empresas se destacassem durante a pandemia. Tem sido o caso dos aplicativos de entregas de comidas em domicílio e outras empresas que souberam aproveitar a oportunidade de milhões de pessoas estarem em casa, como foi o Zoom, a Amazon, e o Fedex. A recuperação de uma recessão demanda tempo e nos Estados Unidos isso não é diferente.
O fato é que alguns setores devem se recuperar primeiro do que outros. A indústria farmacêutica e medica, por exemplo, deve se recuperar mais rápido já que as pessoas tendem a ficar doentes ou necessitam de cuidados (idosos que precisam de cuidadores, tratamento dentário, especialidades médicas e muito mais) seja em momentos de crise ou de bonança.
Por fim, é válido lembrar que, em momentos de crise, uma boa tática para conseguir emprego mais rápido seria A) ir de encontro a esses setores que tendem a se recuperar mais rapidamente ou B) buscar em áreas que planejam contratar pessoal com o retorno dos clientes, como é o caso dos restaurantes.
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