Ele está de volta e chegou com tudo! Queridinhos dos anos 90, os patinetes ganharam um upgrade elétrico e se tornaram a grande sensação de 2018. Pioneiras no segmento, as startups americanas Bird e Lime já disponibilizam patinetes elétricos para aluguel em mais de 60 cidades nos Estados Unidos, somando mais de 1 milhão de usuários.
E a moda pegou tão forte que uma nova tendência está se alastrando pelos país: usar scooters motorizados como transporte compartilhado, a exemplo do que fazemos com Uber e Cabify. E foi exatamente o Uber que lançou o serviço primeiro.
No início de outubro, a empresa implementou seu já conhecido serviço de aplicativo também para scooters e a pioneira a estrear foi Santa Monica, em Los Angeles. A implementação só foi permitida porque a prefeitura da cidade emitiu uma autorização para que o Uber e outras quatro empresas – a Bird, a Lime, o Lyft e a Jump – pudessem operar o serviço de aluguel de mais de 250 patinetes pela cidade nos próximos 18 meses.
Os patinetes elétricos do Uber estão disponíveis para aluguel na cidade dentro do aplicativo, com a taxa de um dólar para desbloqueio e manuseio e 15 centavos para cada minuto de uso. Vale acrescentar, esta taxa só começa a rodar dentro do aplicativo depois de cinco minutos de uso, um tempo pré-determinado pela empresa para permitir que os clientes encontrem e acessem as scooters mais próximas a eles sem qualquer custo adicional. Caso o responsável pelo aluguel do patinete não deixe o veículo em uma das áreas de estacionamento, o Uber cobra uma multa de 25 dólares. Na Lime e Bird, são cobrados US$ 0,15 extras a cada minuto. A Spin cobra US$ 1 a cada 30 minutos.
A Lyft, que também oferece carro compartilhado e atua nos EUA e Canadá, acaba de anunciar que o app vai oferecer essas mesmas opções de veículo “em breve”. As companhias não estão sozinhas – apenas no Vale do Silício, 11 empreitadas disputam o novo mercado.
No Brasil, as patinetes elétricas também já estão em circulação há alguns meses, mais precisamente em São Paulo. São três as startups de patinetes na cidade: Ride, Scoo e Yellow, nenhuma delas está conectada às americanas Lime e Bird, que popularizaram o veículo nos EUA.
Apesar de a Ride ser a primeira a lançar o serviço para valer, a Yellow foi quem fez os primeiros testes com as patinetes na cidade, restrito a funcionários de um prédio da capital paulista. Já a Scoo iniciou a experimentação de seu serviço na Avenida Paulista, dando início a um período de teste desde o final de agosto com previsão de acabar em dezembro.
O preço no Brasil é diferente da média da Califórnia. A Ride cobra R$ 2,50 pela partida e 50 centavos por minuto. O valor é proporcionalmente mais caro que o da Yellow, que exige o pagamento de R$ 4 pelo desbloqueio e R$ 1 para cada 5 minutos.
Quanto às regras de uso, segundo a Ride, a legislação de trânsito brasileira permite o uso das patinetes em calçadas, ciclovias e ruas, porém há regras para cada via: na calçada, limite de 6 km/h; na ciclovia, 20km/h; na rua, só na ausência de ciclovia, ciclofaixa e calçada.
No Rio de Janeiro, a empresa Yellow lançou o serviço de scooters na primeira semana de dezembro, nos bairros do Leblon e Ipanema. A marca aluga as scooters por valores a partir de R$ 3,50 (taxa inicial). O funcionamento é semelhante ao aplicativo da Uber, por onde o usuário pede corridas particulares de carro. O lançamento ocorreu junto às patinetes da marca Tembici, que também chegaram neste mês à capital carioca. A locação deve ser feita pelo aplicativo Tembici, disponível para celulares Android e iPhone (iOS), e o pagamento será feito pelo cartão de crédito.
Nos Estados Unidos, embora a Califórnia tenha a maior concentração de scooters compartilhadas, elas já são vistas em vários outros estados, especialmente em Washington D.C., Texas e Carolina do Norte. Cada local tem trabalhado na própria legislação, alterando aspectos como limite de velocidade, número de veículos e regulamentações sobre local de estacionamento.
Quanto à recarga de bateria das scooters, as empresas contam com profissionais autônomos, que trabalham de uma maneira análoga aos motoristas de Uber. Eles recolhem os veículos à noite, recarregam e devolvem às ruas de manhã, recebendo um valor pela atividade.
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