Por Magali da Silva
Viajar de avião se tornou uma prática comum nas últimas décadas, principalmente entre países (como EUA e Brasil) e cidades distantes uma das outras (como entre Rio de janeiro e Recife ou Los Angeles e Nova York). Uma das facilidades encontradas por quem viaja de avião existe graças à criação, anos atrás, dos programas de milhagem adotados por diversas companhias aéreas, que recompensa os clientes por sua fidelidade.
Porém o quadro econômico atual do Brasil tem afetado também este setor. Com a crise econômica que o Brasil enfrenta desde 2018, agravada pela pandemia de covid-19 em 2020, brasileiros têm perdido uma quantia milionária em pontos acumulados nestes programas, pois, mesmo com a facilidade da passagem, não há dinheiro suficiente para se gastar viajando a turismo.
Como muitos já sabem, o programa de milhas é uma prática habitual das grandes empresas de aviação, que tem servido de recurso para aqueles que não podem deixar de viajar, assim como é um atrativo para conquistar novos clientes. Numa época em que se prioriza o custo da passagem, diversas gigantes do setor têm buscado parcerias como forma de aumentar a pontuação dos associados brasileiros e tornar o preço das passagens mais atraentes.
A medida tem sido uma ferramenta das empresas aéreas para driblar a queda na procura por passagens para trechos internacionais: em meados de 2020, uma das líderes do mercado brasileiro, a Gol, fechou um acordo com a Air Canada para o acúmulo compartilhado de milhas. Agora, o cliente que voar pela companhia canadense poderá acumular pontos no programa de fidelidade Smiles – a qual a Gol pertence. A Gol também fechou acordo com a Etihad Airways para proporcionar o mesmo benefício para aqueles que embarcarem pela companhia estrangeira para trechos do Oriente Médio e Ásia.
Com a alta do dólar, que chegou a quase R$6 no início de 2021, e a crise econômica obrigando o brasileiro a poupar, a busca por voos internacionais caiu bruscamente. Um levantamento do Banco Central mostrou que brasileiros nunca acumularam tantas milhas no cartão de crédito como em 2019: foram 235,2 bilhões de pontos. Isso dá mais de mil milhas por brasileiro.
O montante não resgatado pelos clientes retorna para as companhias e vira receita, ou seja, as companhias se beneficiam do não resgate das milhas acumulados por parte dos associados. Esse tipo de lucro é conhecido como “breakage”, quando a companhia obtém receita sem custos com as milhas do cliente.
Assim, este tipo de iniciativa, dada como programa de fidelidade, não visa apenas o bem estar e vantagens a quem é fiel a determinada empresa, pois, quanto maior o número de pessoas que não utilizam seus benefícios, maior lucro a empresa aérea gera.
Mundialmente, essa tática utilizada pelas companhias aéreas de colocarem um prazo de vencimento para se resgatar as milhas tem sido bastante positivo. É fundamental que o cliente fique atento à data de expiração e resgate as milhas dentro do prazo, para que o programa seja vantajoso para o passageiro. Para se ver livre desse tipo de prejuízo, fique atento e consulte regularmente o número de pontos acumulados e outros benefícios além da conversão dos pontos em passagens.
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