O estado da Califórnia estipulou uma meta ousada e que beneficiará o meio ambiente e as gerações futuras: um projeto de lei, aprovado no dia 10/09 pelo governador Jerry Brown, se comprometeu a gerar 100% de energia limpa até 2045.
SB 100, o projeto de lei patrocinado pelo senador estadual Kevin de León, vai fixar uma meta de 100% de eletricidade livre de carbono até o ano 2045. Em uma primeira etapa, até 2030 as empresas de energia elétrica devem obter 60% de sua energia por meio de fontes renováveis ou livres de carbono. Em 2045, elas terão que alcançar os 100%.
A proposta chama a atenção e divide opiniões.Por um lado, há um enorme poder e simbolismo no número “100%”. Isso define instantaneamente uma nova referência para os outros estados do país. Muitos acham que, antes desse período do ano que vem (2019), haverá notícias de estados, províncias ou países ambiciosos seguindo o exemplo da Califórnia.
Em comunicado, Brown afirmou que a lei coloca a Califórnia no caminho para cumprir e superar os objetivos do Acordo de Paris contra a mudança climática. “Não será fácil. Não será imediato. Mas devemos fazer”, disse Brown.
Mas também é importante entender que o SB 100 não é um grande salto para a Califórnia ou algo impossível de ser atingido. É mais um passo em um caminho – em direção a menos poluição e mais energia limpa – que o estado tem andado constantemente há mais de 15 anos.
Seus críticos tentam lançá-lo como um bastião do liberalismo desatencioso e irresponsável, mas, na verdade, a transição da Califórnia no momento atual para um estado de 100% de energia limpa foi cuidadosa e deliberada. SB 100 é o próximo passo lógico.
De certa forma, a história do SB 100 é bastante simples: é uma política inteligente e bem elaborada, com amplo apoio (de quase todos, exceto alguns setores intensivos em energia, como agricultura e petróleo), que passaram por uma margem bastante confortável.
Segundo a CBS, a Califórnia, que é o maior estado do país atualmente recebe pouco mais de um terço de sua eletricidade a partir de energia eólica, solar ou geotérmica. Outros 9% vêm de usinas nucleares. O gás natural, considerado um combustível fóssil “mais limpo”, representa 49%.
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