A reconhecida diretora de fotografia é natural do Rio de Janeiro e chegou em Los Angeles junto com o esposo Gerson Sanginitto no final de 1996. Desde criança, Carina tinha cidadania americana e antes de sua mudança para a Califórnia, ela passou sua infância em diferentes partes dos Estados Unidos, incluindo Nova York, Miami e Havaí.
“Casei com o Gerson no Rio e vim para L.A com ele. Viemos com a cara e a coragem, já com intenção de estudar cinema e abrir a academia de Brazilian Jiu-Jitsu, já que Gerson é faixa-preta e cineasta também”, explica. Apesar de ter passado a maior parte de sua vida nos Estados Unidos, Carina mantém com orgulho suas raízes cariocas.
Após graduar-se na Cal State University, em 2005, Carina e Gerson inauguraram sua produtora, a Reef Pictures. Foi onde Carina começou a trabalhar como diretora de fotografia. “A primeira co-produção foi “Área Q” do Gerson Sanginitto, e na sequência, a franquia “Cine Holliúdy” de Halder Gomes”, explica a profissional. Ela também participou da produção de outros filmes com diretores como Bruno Barreto e Marcelo Galvão.
Um dos momentos marcantes em sua carreira foi o filme “Vermelho Monet”, dirigido por Halder Gomes, que abriu o Brazilian Los Angeles Film Festival de 2023. O filme ganhou o prêmio de melhor fotografia no respectivo festival.
“O Halder como artista plástico tem um conhecimento profundo do mundo das artes e uma paixão incrível pelo tema. Por isso, o filme tem uma intensidade e verdade que foi uma inspiração imensa pra minha fotografia. Um filme desafiador mas, ao mesmo tempo, de conteúdo mágico que me ofereceu a oportunidade de colorir e compor cada quadro do filme”, detalha Carina.
Carina Sanginitto destaca a importância do aprendizado contínuo e da humildade no processo cinematográfico. “Com humildade, boa vontade e bom humor a criatividade aumenta, e assim conseguimos imprimir, no caso de diretores de fotografia, o estilo visual que desejamos”, comenta.
Ela expressa sua preferência por locações reais nas suas produções, apesar do avanço das imagens geradas por computador. Ela valoriza a autenticidade e a textura do mundo real, mesmo em um ambiente cada vez mais dominado pela tecnologia.
Para os brasileiros que sonham em viver nos Estados Unidos, especialmente na Califórnia, Carina oferece um conselho simples mas valioso: “Se decidiu vir para os EUA, não compare nada daqui com o Brasil e vice-versa. Aprenda a aceitar as diferenças entre as duas culturas”, diz.
Carina vem deixando sua marca no mundo do cinema com sua criatividade e habilidades excepcionais como diretora de fotografia. Ao mesmo tempo, se tornou uma representante orgulhosa da cultura brasileira, fazendo questão de manter seu vínculo com suas raízes. Sem dúvida alguma, mais um talento brasileiro do cinema em terras californianas e por trás das câmeras. Esperamos ver em breve mais de sua arte.
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