Por Lindenberg Junior

maracjuaCom sua origem em regiões tropicais como o Brasil, a Costa Rica e o Havaí, nome científico de Passiflora sp, geralmente arredondada, com casca espessa e de coloração amarelada, alaranjada ou com manchas verde-claras, de acordo com a espécie (que por sinal são muitas), o maracujá frutifica durante o ano todo, menos intensamente em épocas de muita chuva.

As flores-da-paixão, ou maracujá, já eram muito conhecidas e utilizadas na América antes da chegada dos primeiros europeus que, desde cedo, encantaram-se com a sua exuberância. Em seu afã religioso da conquista, os missionários estrangeiros viram nessas flores e frutos muito mais do que beleza e perfume. Os religiosos viram naquela formação complexa e admirável um verdadeiro presente de Deus para iluminar seu trabalho de catequese, encontrando em suas formas e cores exóticas a metáfora perfeita para explicar aos “infiéis indígenas a truculenta história da Paixão de Cristo”.

E como um verdadeiro presente de Deus e da mãe natureza, foi descoberto em 2004, a partir de uma pesquisa feita pela Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), seus efeitos benéficos na diminuição do nível de colesterol, no bom funcionamento do sistema gastrointestinal, e, particularmente, no tratamento da diabetes.

O segredo está na pectina, uma fibra que se encontra na casca da fruta. O poder dessa substância neutra que funciona como adesivo intercelular, está no fato de ela atuar no bolo alimentar, retendo os açúcares, colesterol, triglicérides e gorduras, evitando que estes entrem totalmente no sistema circulatório. Em pessoas jovens e de meia idade não diabéticos, ela evita que os excessos alimentares forcem constantemente o pâncreas a um trabalho exaustivo.

1448626079 Kobacafe 19A pectina age de forma maravilhosa no organismo, pois cria um gel no intestino impedindo a absorção dos açúcares e gorduras ingeridos, deixando assim de provocar uma sobrecarga no sangue. Com isso permite que o pâncreas trabalhe sem excesso e ainda evita um árduo trabalho de segregar as substâncias alimentares e a insulina reguladora do metabolismo dos carboidratos.

Hoje o maracujá é aproveitado em quase sua totalidade. Do seu conteúdo se faz um delicioso suco, de suas folhas se faz um chá para acalmar e relaxar, e de sua casca uma farinha hidratada que contém a pectina. A poderosa farinha de maracujá é 100% natural e pode ser consumida dentro de sucos ou misturada em cima de algumas refeições sem retirar o sabor original. Logo depois da sua ingestão, você sente uma agradável sensação de plenitude gástrica! A casca do maracujá (parte branca) em sua composição geral é rica em Pectina, Niacina (vitamina B3), Ferro, Cálcio, e Fósforo.

Facebook Comments