O caso de uma brasileira, natural de Minas Gerais, que mora na Califórnia desde 2019, está mobilizando a comunidade de brasileiros nos EUA. Ana Paula Braga, de 23 anos, estava desaparecida desde o dia 29 de janeiro, última vez que sua mãe, Delma Félix, falou com a jovem.
A mídia local divulgou a informação de que o Departamento de Polícia de Los Angeles encontrou, no dia 14 de fevereiro, o corpo de uma mulher com características semelhantes ao da brasileira. Um carro do mesmo modelo e cor usado por Ana Paula foi encontrado em Oklahoma, estado localizado a mais de mil quilômetros da Califórnia.
De acordo com jornais dos EUA, a polícia local encontrou dentro do veículo um documento de identidade de uma mulher chamada “Ana”, mas o nome completo não foi divulgado ainda. Segundo informação das autoridades, câmeras de vigilância filmaram duas pessoas deixando o veículo em questão, no dia 1 de fevereiro. Em seguida, entraram em uma minivan verde.
O Departamento de Polícia de Los Angeles está investigando o caso e fará o teste de DNA para identificar a vítima encontrada, por isso nenhuma informação oficial confirmando ser Ana Paula Braga foi divulgada. Apesar disso, sua mãe e amigos acreditam que a jovem esteja morta e fazem um apelo à comunidade brasileira da Califórnia para ajudar a levar o corpo de Ana Paula para ser enterrado em Minas Gerais.
Uma reviravolta aconteceu no sábado (22), quando dois homens foram presos em Vitória, Espírito Santo, suspeitos de serem os assassinos da jovem. De acordo com a Polícia Federal, Thiago Philipe Souza Bragança e Walderson Junior da Silva confessaram ter assassinado Ana Paula.
Para a Polícia Federal, Thiago e Walderson mataram a jovem estrangulada com um fio de energia. Depois, enrolaram corpo em um colchonete e colocaram no porta-malas do carro dela. Vídeos obtidos pela polícia mostram que, após o assassinato, eles zombaram da vítima e chegaram a gravar um vídeo mostrando o celular dela. “Eu matei ela e ainda estou com o telefone da mulher, né”, disse um deles, no vídeo.
Uma denúncia chegou à Polícia Federal, que analisou imagens das câmeras de segurança perto do prédio de Ana Paula em Los Angeles. As imagens mostram que, no dia do crime, ela entrou no prédio com dois homens e depois de algumas horas eles desceram carregando apenas o edredom, usado para esconder o corpo.
A brasileira era motorista de aplicativo e tinha carro próprio. De acordo com Delma, sua filha falava com ela todos os dias. Conhecidos de Ana Paula contaram que ela dividia apartamento com um amigo, mas que depois de uma briga entre eles, Ana Paula se mudou para outro local que passou a dividir com um homem.
Os amigos relatam que a jovem comentou sobre a agressividade do novo companheiro de moradia e que tinha medo dele. Ela, inclusive, enviou uma foto da identidade dele para seus contatos mais próximos.
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