Os EUA enfrentam mais um desafio na pandemia de covid-19: a logística de distribuição das vacinas e a necessidade de vacinar o mais rápido o possível o maior numero de pessoas. O país fechou a terceira semana de janeiro (24/01), superando os 25 milhões de casos confirmados e 418 mil mortes enquanto as novas variantes de coronavírus preocupam as autoridades e ameaçam apagar os avanços recentes obtidos na redução da propagação do vírus.
O fato é que a distribuição das vacinas está muito lenta se compararmos os dias desde a aprovação da vacina e os números de vacinados. Inclusive, autoridades de saúde em todo o país estão desesperados, incapazes de obter respostas claras sobre o motivo pelo qual os imunizantes estão repentinamente em falta. Várias confirmações feitas através do sistema online em diversos condados foram canceladas.
A nova gestão do governo federal, que assumiu no dia 20 de janeiro, se comprometeu em revisar como as doses estão sendo distribuídas aos estados, mas alguns especialistas alertam que a escassez vai persistir a curto prazo. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano disse que cerca de 18,5 milhões de pessoas já receberam pelo menos uma dose da vacina até o dia 23 de janeiro e que cerca de 3,2 milhões de pessoas foram totalmente vacinadas.
O governo federal disse no domingo (24) que entregou cerca de 41,4 milhões de doses a estados, territórios e agências federais. Os carregamentos, que aconteceram após uma corrida recorde para desenvolver, estudar e aprovar uma vacina, marcaram uma virada na pandemia em um momento em que mortes e casos continuam batendo recordes.
Os cinco estados que mais receberam vacinas, até o dia 23 de janeiro, são respectivamente: 1) Califórnia com 4.906.525, 2) Texas com 3.070.825, 3) Flórida com 2.908.275, 4) Nova York com 2.395.950, e 5) Pensilvânia com 1.564.125. Porém o número de pessoas já vacinadas, se comparado com o número de doses recebidas por estado, está muito abaixo do esperado. Por exemplo, na Califórnia, o número de vacinados é de apenas 47%, no Texas de 57%, na Flórida 53%, em Nova York 57% e Pensilvânia 47%.
As autoridades federais de saúde reconheceram recentemente que o lançamento da vacina teve um início mais lento do que o esperado e disseram que ainda não tinham um entendimento claro do porquê apenas uma parte das doses enviadas no país tinha chegado aos seus locais designados.
O C.D.C. relatou que cerca de 2,6 milhões de doses foram administradas a pessoas em casas de idosos e centros de cuidados de longa duração – as mortes nessas instalações foram responsáveis por mais de um terço do total de mortes por coronavírus no país durante a maior parte da pandemia.
Segundo o órgão americano, as vacinas da Pfizer-BioNTech e Moderna, além de ter destinos a estados, territórios e alguns órgãos federais, também seguem para três pequenos países que têm acordos especiais com o governo dos EUA: Palau, Micronésia e Ilhas Marshall. Lembramos que o governo federal recomendou recentemente que os estados permitam que pessoas com 65 anos ou mais sejam vacinadas. Mas os estados e mesmo condados criam e implementam seus próprios planos, levando a uma colcha de retalhos de políticas publicas.
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