Por Lindenberg Junior
O mercado consumidor de maconha nos EUA é o maior do mundo e isso não deve ser novidade para muitos. Nos últimos anos vários estados americanos tornou o consumo com propósitos médicos um ato legal e isso gerou uma polêmica geral entre americanos mais conservadores e liberais, meios de comunicação e até ativistas por direitos do consumidor e a comunidade médico-científica. Um fato interessante, e que me deu a ideia de escrever esse pequeno artigo, veio a partir de um outro artigo publicado pelo New York Times e que li nesta manhã, prévia ao “Dia de Ação de Graças” aqui nos Estados Unidos.
O artigo tem o título de “Gardening Start-Up in China Chances Upon U.S. Marijuana Market” e, em suma, relata a história de um empresário chinês que, visando atingir uma parte da classe média alta chinesa preocupada com a contaminação da água e do solo chinês e, consequentemente, dos produtos comestíveis consumidos no dia a dia, se deu conta, também, do imenso mercado consumidor de marijuana nos EUA.
O artigo ilustra a visão empresarial de Lennon Tsai e de sua empresa iGrow, a qual provê um kit com a matéria prima e o equipamento necessário para qualquer pessoa criar o seu próprio “jardim” indoor. A ideia inicial de Lennon foi vender esses eficazes kits para os chineses plantarem e consumirem (ou pelo menos parte) os seus próprios vegetais e frutas. Em seguida, um esperto consumidor de marijuana nos EUA, e que teve acesso ao produto de Lennon, testou o kit, mas para fazer crescer marijuana dentro de sua própria casa.
Com acesso a Lennon, o americano mostrou o resultado fabuloso do seu teste ao empresário chinês. E o resultado foi o “despertar” do chinês para o imenso mercado consumidor nos EUA. O artigo do New York Times foi publicado hoje (25), no mesmo dia em que escrevo essas linhas para vocês. O resultado, que rendeu ao empresário chinês e seu amigo americano uma entrevista ao NY Times, foi a internacionalização de sua empresa e o plano em andamento da entrada de seus kits nos EUA para tentar ganhar o consumidor americano. Como podemos dizer “um negócio da China!”.
*Para ler a entrevista de Lennon Tsai ao New York Times clique AQUI.
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