Já pensou em passar em não só em uma, mas em 50 universidades nos Estados Unidos? Essa é a feliz realidade de uma jovem estudante de Atlanta, na Geórgia, que além de ingressar no ensino superior, também ganhou mais de US$ 1,3 milhão em bolsas de estudos. Segundo a aluna, as múltiplas conquistas não foram apenas um caso de sorte, mas uma soma de planejamento e trabalho duro.
Daya Brown, de 18 anos, é aluna do último ano da Westlake High School em Atlanta, Geórgia. Em entrevista para o programa Good Morning America, da emissora televisiva ABC, a jovem relatou que seu processo até o ensino superior teve um início gradual. Durante seu segundo ano de ensino médio, ainda na quarentena da Covid-19, Daya reservava algumas horas por dia para se inscrever em cada instituição.
“Comecei a fazer a curadoria de uma lista de escolas que tinham certas especializações ou que eram ótimas no que eu queria estudar, que era Comunicação de Massa ou Cinema”, conta a estudante. “Então, uma vez que eu tinha essa lista, tudo se resumia a fazer essas atividades extracurriculares, porque acho que muitas vezes os alunos não entendem que você precisa ser mais do que apenas um aluno”, ela acrescenta.
Em artigos anteriores, já descrevemos como ocorre os processos seletivos para se inscrever e ingressar em universidades nos Estados Unidos e suas diferenças com os processos do Brasil. Aliás, também contextualizamos como brasileiros podem ter acesso a essa forma de estudo, sendo essa uma das principais formas de migrar e fixar residência em solo norte-americano.
Atividades extracurriculares para entrar numa faculdade americana
Em entrevista, a jovem Daya ainda declarou que, para ser aceita nas faculdades, escolheu atividades extracurriculares no ensino médio alinhadas com suas paixões: poesia, escrita e produção cinematográfica. Ela decidiu combinar seus interesses e criar sua própria produtora chamada Elom & Co. Productions, que se concentra em criadores emergentes.
“Essa foi minha chance de mostrar quem eu era como pessoa e quem eu era como estudioso. Acho que muitas pessoas pensam que, se você for inteligente, não pode ser legal. Então, encontrei uma maneira de mostrar brilhantismo e ainda me divertir enquanto estava fazendo isso”, disse ela.
Com as qualificações consideradas necessárias, a jovem foi aceita em 50 universidades. A jovem frisa que o número expressivo não é uma forma de se vangloriar. “Era realmente sobre ter certeza de que eu tinha opções para meus pais realmente sentarem e relaxarem”, disse Daya Brown. “Os empréstimos estudantis são algo que eu não quero. Portanto, isso é uma espécie de presente, tanto para mim quanto para eles.”
Uma universidade que parece um lar
Entre as muitas opções, Brown escolheu frequentar a Duke University – que se localiza na cidade de Durham, no estado da Carolina do Norte. Segundo a jovem, a escola foi feita com base na instituição lhe dar a sensação de “casa”.
“Quando pisamos no campus da Duke, eu honestamente tive a sensação naquele exato momento… uma sensação de lar. Fui recebido por tantos alunos negros incríveis que se parecem comigo, que também têm os mesmos sonhos e aspirações que eu”, revela a jovem.
Quando as aulas iniciarem, no outono, Daya Brown revela que planeja estudar Estudos de Mídia Visual, com especialização em Jornalismo. Seu conselho para outros alunos que estão iniciando o processo universitário é se dedicar no processo e fazê-lo com alegria.
“Não, não foi fácil. Sim, você tem que ficar acordado muitas noites para fazer o trabalho se quiser o GPA, mas, ao mesmo tempo, não será um fardo, se for sua paixão”, disse ela. “Acordo todos os dias, feliz com o que faço”, concluiu a jovem.
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