O Estádio SoFi será o palco principal da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2028

O Estádio SoFi será o palco principal da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2028

Os próximos Jogos Olímpicos estão marcados para acontecer em 2028 em Los Angeles, Califórnia, e a cidade americana se prepara para entrar na história como a única sede a receber o evento esportivo pela terceira vez. Depois de Paris 2024, onde na cerimônia de encerramento acontece a passagem do bastão para LA, muita coisa será diferente e aqui vamos ver as principais mudanças:

Uma das alterações mais comentadas é a ausência do breaking, uma modalidade que estreou nas Olimpíadas de Paris 2024. A decisão de não incluí-lo em Los Angeles 2028 envolve questões financeiras. Zack Slusser, vice-presidente da Breaking for Gold USA e USA Dance, destacou que, apesar da popularidade e inovação do esporte, os desafios financeiros impediram sua inclusão. Além disso, não há otimismo quanto à presença do breaking em Brisbane 2032.

Enquanto o breaking se despede, outros esportes também enfrentam incertezas. O boxe, tradicional nos Jogos Olímpicos, ainda não foi confirmado para Los Angeles, e o caratê, que estreou em Tóquio 2020, foi excluído tanto em Paris 2024 quanto na edição americana.

Apesar das retiradas de alguns esportes, a próxima Olimpíadas trará a estreia do flag football e do squash como esportes opcionais, além do retorno do críquete, ausente desde 1900, e do lacrosse, que esteve presente pela última vez em 1948. Sendo um dos mais aguardados, o flag football é considerado uma versão menos agressiva do futebol americano, onde o objetivo é retirar uma fita presa à cintura do adversário, ao invés de derrubá-lo.

Já o beisebol/softbol, ausentes em Paris, retornarão em 2028, devido a popularidade dessas modalidades nos Estados Unidos. O pentatlo moderno também passará por mudanças significativas, com a substituição da prova de hipismo e salto por uma corrida de obstáculos.

Por que há um ciclo de inclusão e exclusão de esportes nas Olimpíadas?

brasking olimpiadas 2024

Breaking está de fora das Olimpíadas de 2024

A inclusão de um esporte nas Olimpíadas vai além de criar novas oportunidades de medalhas; ela valoriza a modalidade, promove a diversidade esportiva e incentiva o surgimento de novos atletas. A escolha das modalidades é uma decisão tomada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Para ser incluída, a modalidade deve ser reconhecida pelo COI e atender a critérios rigorosos, como governança internacional, popularidade global e conformidade com o código mundial antidoping. Além disso, é essencial que o esporte promova os valores olímpicos e respeite a Carta Olímpica.

Desde Tóquio 2020, o COI permite que o Comitê Organizador do país-sede sugira modalidades populares localmente, com o objetivo de atrair o interesse dos jovens. Foi assim que esportes como surfe e skate foram incorporados ao programa olímpico.

No entanto, essa inclusão não é definitiva. Algumas modalidades podem ser retiradas do programa olímpico por não cumprirem os pré-requisitos, pela falta de engajamento do público ou pelo apoio insuficiente de patrocinadores.

O beisebol, por exemplo, esteve presente entre 1992 e 2008, retornou em 2020, mas foi excluído novamente devido à sua popularidade limitada e ao alto número de atletas em relação ao número de medalhas. O polo, que participou de cinco edições desde 1900, foi excluído por causa da complexidade logística e do baixo número de competidores. Já o boxe, embora ainda seja olímpico, enfrenta incertezas para os Jogos de LA 2028, devido a questões de governança e conformidade com as normas do COI.