Os casos de crianças hospitalizadas com covid-19 nos EUA tem batido recordes desde agosto. Entre 20 e 26 de agosto, uma média de 330 crianças foram admitidas em hospitais todos os dias, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
O número é ainda mais alarmante quando somados os dias. Foram 204 mil casos pediátricos de covid-19 em uma semana. Médicos alertam que a situação pode piorar à medida que as escolas dão início ao ano letivo e que a variante Delta, mais contagiosa, se dissemina por todo o território.
A taxa de mortalidade de crianças com covid-19 é inferior a 1%, mas o problema mais grave, de acordo com os especialistas, são as consequências que o coronavírus pode causar. Uma delas é a síndrome inflamatória multissistêmica (PIMS, na sigla em inglês), que pode provocar danos no coração, no sistema digestivo, nervoso e respiratório.
O fato é que a variante delta está se espalhando rapidamente pela pelos norte-americanos não imunizados e contagiando crianças de todas as idades. Além das pessoas que não querem se vacinar, outro fator tem contado no alto número de casos: nos EUA, só pode se vacinar quem tem mais de 12 anos de idade.
A alta dos indicadores da doença tem causado tensão entre líderes estaduais conservadores e gestores de distritos escolares, sobre o ensino presencial a crianças e regras para evitar a disseminação do vírus. Há distritos nos Estados da Flórida, Texas e Arizona que determinam o uso de máscara nas escolas, o que contraria ordens dos governadores republicanos.
A Flórida responde por um quinto das hospitalizações por covid-19 no país, e o número de pacientes hospitalizados atingiu o recorde de 16.100 (até o início da segunda semana de agosto). A ocupação de leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) já passou de 90%.
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