As diferentes variantes do vírus Sars-CoV-2, que surgiram no Reino Unido e na África do Sul, especialmente contagiosas, já estão presentes em cerca de 50 países. Enquanto isso, o mundo enfrenta a segunda onda da pandemia, mais difícil que a primeira em alguns dos países, e com lockdown, toques de recolher e campanhas de vacinação.
Todos os vírus sofrem mutações, ou seja, se modificam quando se replicam, isso é comum. O Sars-CoV-2, por exemplo, já sofreu inúmeras variações desde sua aparição, mas geralmente sem consequências. No entanto, algumas mutações podem favorecer sua sobrevivência, por exemplo, se alcançarem um contágio maior. É aí que mora o perigo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cepa do coronavírus detectada inicialmente no Reino Unido em meados de dezembro já chegou em ao menos 50 países e territórios, e em 20, no caso da variante identificada na África do Sul, embora esta avaliação esteja provavelmente subestimada, alertou o órgão.
Uma terceira mutação, originária da Amazônia brasileira e que o Japão anunciou ter descoberto no domingo, está sendo analisada e pode ter um impacto na resposta imunológica, segundo a OMS, que a descreveu como “variante preocupante”. “Quanto mais o vírus Sars-CoV-2 se espalha, mais chances tem de mudar”, destacou a OMS no último dia 13, em comunicado oficial, que acredita que “surgirão mais variantes” caracterizadas por “uma maior transmissibilidade”.
A boa notícia é que, segundo a empresa americana Moderna, a vacina deles conseguiu combater variantes da África do Sul e do Reino Unido; mesmo assim, uma terceira dose da vacina será testada como reforço contra as variantes, e, ainda, uma nova candidata para dose de reforço. O anúncio feito na segunda, 25 de janeiro, afirma que o imunizante conseguiu neutralizar duas mutações do coronavírus em testes de laboratório.
Mesmo assim, uma terceira dose da vacina será testada como reforço contra as variantes, e, ainda, uma nova candidata para dose de reforço. O anúncio feito na segunda, 25 de janeiro, afirma que o imunizante conseguiu neutralizar duas mutações do coronavírus em testes de laboratório. Mesmo assim, uma terceira dose da vacina será testada, e a empresa também trabalha em uma nova vacina de reforço. Os resultados ainda estão em versão prévia, sem revisão por outros cientistas e nem publicação em revista científica.
Os pesquisadores da empresa testaram o soro de pessoas que receberam a vacina contra duas variantes: a B.1.1.7, encontrada no Reino Unido, e a B.1.351, detectada pela primeira vez na África do Sul. Ambas variantes foram encontradas no Brasil e estão associadas ao aumento da transmissão da Covid-19.
Os Estados Unidos são o país em que a covid-19 causa mais mortos (mais de 412.000) e mais infecções (cerca de 24 milhões). No mundo inteiro, mais de 96,5 milhões de pessoas se contagiaram, e o contra-ataque organizado pelos governos se intensifica, com confinamentos, toques de recolher e outras restrições impopulares, para conter a pandemia.
Em um comunicado oficial, o diretor Andrea Ammon, do ECDC nos EUA, disse que um número crescente de infecções levarão a um aumento de hospitalizações e taxas de óbitos ao longo de todas as faixas etárias. Os novos fatos e conclusões deixam o mundo na expectativa do que pode acontecer em 2021 e torcendo mais do que nunca que a vida volte ao que se pode chamar de “normal”.
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