O Que Mais Encareceu nos Estados Unidos em 2021?

O gráfico mostra o aumento da inflação nos EUA entre os meses de Janeiro e Outubro.

A taxa de inflação anual nos Estados Unidos acelerou para 6,8% em novembro de 2021 – a maior desde junho de 1982 – mas alinhada com as projeções. Esse número marca o 9º mês consecutivo em que a inflação permanece acima da meta de 2% do Fed americano.

Commodities globais, pressões salariais, interrupções na cadeia de suprimentos e o aumento na demanda continuaram a empurrar os preços para cima. A pressão ascendente foi generalizada, com os altos custos de energia (33.3% em novembro x 30% em outubro) e da gasolina (58,1% em novembro x 049,6% em outubro).

Entre os vilões do aumento da inflação estão a moradia (3,8% x 3,5%), veículos novos (11,1% x 9,8%); veículos usados (31,4% x 26,4%); vestuário (5% x 4,3%); serviços de assistência médica (2,1% x 1,7%), e alimentação para quem faz compras para casa – esse item alcançou um recorde que vinha de outubro de 2008  (6,4% em novembro x 5,4% em outubro) – com destaque para os aumentos da carne bovina, de porco e de frango assim como ovos, pão, frutas e vegetais frescos.

Por outro lado, a inflação desacelerou nos serviços de transporte (3,9% x 4,5%). Excluindo alimentos, energia e gasolina, a inflação nos EUA subiu de 4,6% para 4,9%, a maior taxa mensal desde junho de 1991. “Com a escassez de oferta, provavelmente persistindo até 2022, e os preços do setor de serviços tendendo a subir, a inflação vai piorar antes de melhorar”, disse Sam Bullard, um economista sênior do Wells Fargo Bank a Reuters.

A última vez que a inflação foi tão alta e preocupou os americanos foi na época de Ronald Reagan como presidente dos EUA – curiosamente esse momento coincide com o lançamento do Lisa, um computador pessoal da Apple dos anos 80.

A gasolina junto com os preços de energia foram os dois itens que mais encareceram em 2021.

O fechamento do ano de 2021 vai ficar marcado por essa alta da inflação no país do mesmo jeito que 2020 ficou marcado pelos lockdowns, medo e dúvidas com relação à covid-19. É válido lembrar que o índice de preços ao consumidor saltou 6,8% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido desde 1982, e energia, gasolina, moradia e alimentação foram os grandes vilões.

A inflação atingiu a maior alta em 39 anos no mês de novembro de 2021, com a economia ainda lutando contra os efeitos da pandemia de covid-19, impulsionando a forte demanda do consumidor, assim como persistentes problemas na cadeia de suprimentos e escassez de mão-de-obra – em parte pelo receio de exposição e/ou busca por melhores condições de vida, trabalho e salários.