Nesta quarta-feira (11), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, confirmou em uma coletiva de imprensa que o covid-19 é, oficialmente, uma pandemia. Durante a fala, ele destacou que há hoje 118 mil casos em 114 países e que 4.291 pessoas perderam a vida por causa da doença.
Pandemia é um termo é usado para descrever situações em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas de forma simultânea no mundo inteiro. Um exemplo recente é o da gripe suína, em 2009, à qual é atribuída a morte de centenas de milhares de pessoas, de acordo com a estimativa de especialistas.
Segundo Tedros, se os países trabalharem para detectar e rastrear a doença, isolar os casos e se mobilizarem recursos humanos para responder à covid-19, é possível impedir que aqueles locais com poucos casos se tornem centros de disseminação do vírus e, por consequência, que haja transmissão comunitária sustentada.
O diretor-geral ressaltou ainda que as orientações da OMS aos países seguem as mesmas: ativar e ampliar os mecanismos de resposta a emergências, comunicar-se com a população sobre os riscos e sobre como se proteger, encontrar, isolar, testar e tratar todos os casos de covid-19, além e rastrear todos os infectados.
A OMS estima que 3,4% dos pacientes morrem por causa de covid-19. Mas alguns especialistas estimam que essa taxa de letalidade gire em torno de 2% ou menos.
No Brasil foram registrados, até terça-feira (10/3), 34 casos da doença em oito Estados: São Paulo (19), Rio de Janeiro (8), Bahia (2), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Alagoas (1), Distrito Federal (1) e Rio Grande do Sul (1). Outros 893 casos estão sob suspeita e 780 foram descartados.
Enquanto os casos no mundo aumentam, geneticistas do centro de pesquisa Fred Hutch, de Seattle (EUA), e da Universidade da Basileia, na Suíça, mapeiam rotas que coronavírus usou para viajar pelo mundo. Um esforço internacional de pesquisa que sequenciou o genoma de 259 amostras do novo coronavírus Sars-CoV-2 está revelando um padrão internacional de circulação do vírus já plenamente globalizado, com patógeno circulando intensamente entre países europeus, que distribuem o vírus para África e América Latina.
O projeto reconstrói a trajetória de infecções, país a país, do paciente-zero na China até cada um dos casos analisados.
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