Americanos indo prestar depoimento. Foto: Pablo Jacob

Americanos indo prestar depoimento. Foto: Pablo Jacob

No último domingo (14), as imprensas brasileira e internacional foram informadas que o nadador Ryan Lotche teria sofrido um assalto por vários homens armados em um táxi no Rio de Janeiro. Segundo o nadador, quando saía de uma festa, para a qual ele tinha sido convidado pelo brasileiro Thiago Pereira, na Hípica, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, ele e outros três atletas americanos teriam pegado um táxi que foi abordado por homens armados que se identificaram como policiais, de acordo com o Comitê Olímpico Americano.

Ao canal americano NBC News, Lochte afirmou que seu táxi foi parado por homens com um distintivo policial, mas sem luzes. “Eles mostraram suas armas, disseram para os outros nadadores deitarem no chão”, contou o atleta.

Porém na quarta-feira (17), o caso tomou um rumo diferente segundo as investigações da justiça. A polícia do Rio avaliou as imagens da câmera de um posto de gasolina por onde os americanos passaram, bem como o fato de a hora em que eles disseram ter chegado à Vila Olímpica ser diferente da que mostra a câmera da entrada, dentre parte do depoimento não coincidir com os fatos.

Dois dos atletas americanos já tentavam voltar aos Estados Unidos, aparentemente fugindo, e o fato de os nadadores Gunnar Bentz e Jack Conger, que foram retirados de um voo da American Airlines para Atlanta, na noite desta quarta-feira, terem se negado a falar sobe o caso reforçou as suspeitas da polícia. Por causa disso, o Polícia Civil pediu para que os passaportes dos nadadores que ainda se encontram no Brasil fossem apreendidos para que eles não saíssem do País até que a situação fosse esclarecida. Quando o pedido foi feito, Ryan Lochte já tinha voltado para os Estados Unidos.

Nesta quinta-feira (18), o caso foi desvendado quando os atletas foram chamados novamente para depor. Os nadadores Gunnar Bentz e Jack Conger admitiram que não houve assalto e responsabilizaram Ryan Lochte pela invenção da história, em depoimento, no início da tarde desta quinta-feira, na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon, Zona Sul do Rio. Eles estão na delegacia para esclarecer a farsa sobre assalto relatado pelos companheiros de time Ryan Lochte e James Feigen. Segundo o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, um dos nadadores admitiu que não houve assalto, mas uma confusão no posto de gasolina.

lochte

Os brasileiros não perderam a chance de fazer piada com o fato e inundaram as redes sociais de memes e críticas aos americanos que mentiram. Muitos invadiram as redes sociais de Ryan Lochte e o chamaram de mentiroso e falso. Em entrevista ao RJTV, Fernando Veloso, Chefe de Polícia Civil, afirmou que os atletas devem desculpas aos cariocas. “A única verdade que eles contaram é que eles estavam bêbados”, disse Veloso.

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos divulgou nota na noite desta quinta-feira (18) pedindo desculpas formais aos cariocas e ao povo brasileiro pela conduta dos nadadores americanos. A nota é assinada pelo presidente-executivo do Comitê Olímpico dos EUA, Scott Blackmun, para quem o comportamento dos atletas “não é aceitável e não representa os valores da delegação americana nem a conduta da maioria de seus membros”.

O executivo informa no documento que Bentz e Conger já retornaram ao país natal. Lochte também já está nos EUA. Segundo o executivo, algum tipo de punição será avaliada quando todos os atletas tiverem retornado.

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