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Na visão do surfista, um empresário pode absorver sua experiência não apenas quando o tema é parceria, mas também quando se trata de superação em situações adversas. “Para surfar ondas gigantes é preciso ser um estrategista e estar bem determinado”, explicou Rodrigo Resende em uma

palestra recente no Brasil. Segundo o experiente surfista e campeão do primeiro Tow in World Cup (2002), além de atleta, ele acaba se transformando de certa forma, em um empresário. “Preciso administrar os reflexos do resultado do meu trabalho em todos os sentidos, pessoalmente e comercialmente”.

Olhados de certa maneira com desconfiança, os Brasileiros, aos poucos, foram provando que poderiam ser tão bons e competitivos em ondas gigantes quanto os estrangeiros. Junto com o Carioca Rodrigo Resende, nomes como os dos Pernambucanos Eraldo Gueiros e Carlos Burle se somam a esse cenário mundial. Com o crescimento da modalidade em águas Brasileiras, nossos surfistas de ondas gigantes foram sendo convidados a fazer palestras em grandes empresas, como foi o caso de Rodrigo – que trocou a medicina pelo esporte, costuma falar de superação, risco, preparação, desafios e parceria.

A primeira palestra do surfista aconteceu em 1999 em uma feira de surf. Na ocasião, ele falava para pessoas que praticavam e entendiam o esporte. O próximo passo foi palestrar em shoppings, entidades de crianças carentes, faculdades de medicina e empresas. Em ótima sintonia com o parceiro Danilo Couto, Rodrigo tenta passar para empresários a importância do trabalho em equipe.

surfing 2686393 960 720O diferente nessa historia é que o destemido carioca aceitou o desafio de falar para um público diferente e que desconhecia sua profissão. Em uma palestra no Brasil, na Companhia de Gás de São Paulo – Comgás, ele provou que o esporte que pratica pode se adequar a qualquer profissão. Por fim, Rodrigo enfatizou – “O trabalho em equipe é importante em toda empresa e essa foi uma das coisas que tentei passar”.

“The Monster”, como é conhecido, mostrou-se muito contente com o resultado, apesar da diferença de falar para profissionais que jamais enfrentariam ondas gigantes – nesse respectivo caso, de 80 pessoas presentes na palestra, apenas uma pegava onda.

Para os “big riders” um treinamento rigoroso de preparação e condicionamento físico é fundamental. Uma bobeada e você é jogado para dentro de uma “máquina de lavar roupa” com 15 milhões de litros de água. Muitas vezes, práticas de meditação, ioga, natação e corrida ajudam a equilibrar o corpo e a mente desses corajosos esportistas que encaram ondas de até 20 metros de altura.

É bom lembrar a frase do Rodrigo no primeiro parágrafo e a importância dela para atletas e artistas em um mundo competitivo: a necessidade de saber administrar os reflexos do resultado de um trabalho, mas em todos os sentidos, seja pessoalmente, mas também comercialmente, e na maioria das vezes, parcerias inteligentes são primordiais.

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