Com o avanço da ciência, muito já se sabe sobre os malefícios da ingestão de açúcar. Um novo estudo, no entanto, comprovou que dietas com maior quantidade de açúcares aumentam o risco de doenças cardíacas e de acidente vascular cerebral (AVC) em até 10%.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e divulgado na revista científica BMC Medicine no dia 14 de fevereiro (2023*). O foco principal da pesquisa foram os chamados “açúcares livres”, reconhecidos por estarem incluídos em alimentos ultraprocessados, como refrigerantes e alguns sucos de frutas adoçados – Essa substância é diferente dos açúcares naturais presentes nas frutas e vegetais.
A pesquisa teve como base o monitoramento da saúde de 110 mil pessoas (entre 45 e 65 anos) durante nove anos. Das calorias diárias ingeridas pelos participantes, cerca de 12% provinham do açúcar livre. Ao final da pesquisa, os resultados mostraram que a ingestão de açúcar livre foi associada à maior incidência de doenças cardiovasculares 10% e cardíacas isquêmicas (6%).
Durante os anos de estudo, as pessoas que tiveram o maior risco de doença cardíaca ou derrame consumiram cerca de 95 gramas de açúcar livre por dia, ou 18% de sua ingestão diária de energia. As diretrizes dos EUA sugerem que ninguém deve ter mais de 10% de sua ingestão calórica diária como açúcares.
Mudança de Hábitos
Em um artigo anterior, mencionamos alguns outros malefícios do açúcar, como o aumento das chances de desenvolvimento de quadros de depressão, diabetes e obesidade. Com base nesse conhecimento, uma boa resolução para os primeiros meses do ano é uma mudança nos hábitos alimentares.
Um dos autores do estudo mais recente, Cody Watling, afirmou que as formas mais comuns de açúcar que os participantes ingeriram derivaram de “conservas e confeitos”. Para Tim Key, que também participou da análise realizada pela Universidade de Oxford, uma dica para quem gosta de doce é optar por outras fontes de energia, como frutas, por exemplo.
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