Rita M. Cerqueira

banana O Brasil é o segundo maior produtor mundial de banana, com área plantada de cerca de 518.018 ha. Atualmente, disputa com a Índia o primeiro lugar na produção. Colhe cerca de 9 toneladas anuais. É a segunda fruta mais consumida pelos brasileiros, superada apenas pela laranja. Nenhum outro povo come tanta banana como os brasileiros – cerca de quatro cachos anuais por habitante.

”Banana, fonte de vitaminas, de sais minerais e sem colesterol”

Pode acreditar, essa fruta diminui a ansiedade e ajuda a garantir um sono tranqüilo. Ela tem esses poderes por ser rica em carboidratos, potássio, magnésio e biotina. Abanana também dá o maior pique porque possui vitamina B6, que produz energia. Mas é bom não exagerar, por conter muita frutose, a banana acaba engordando.

Uma única banana supre, aproximadamente, 25% da vitamina C recomendada para ingestão diária pelas crianças. E o melhor é: nenhum colesterol.

Entre as variedades de bananas mais plantadas estão a Prata, Pacovã, Maçã, Grand Naine, Nanicão e Terra.

Bananas existem muitas. As comestíveis são agrupadas em variedades de acordo com a consistência e a coloração da casca e da polpa. Mas, para cada função ou uso, uma é melhor do que a outra, respeitando-se as preferências regionais e pessoais.

Bananas de mesa são, por exemplo, as variedades maçã, ouro, prata e nanica – que, na verdade, é grande, levando esse nome em virtude da baixa altura da planta em que nasce.

Bananas para fritar são as variedades de banana da terra e figo; a nanica, deve ser preparada apenas à milanesa porque, do contrário, desmancha-se na fritura. A banana-chips, novidade deliciosa do norte do Brasil, é feita com a variedade pacova. Banana para assar é, também, a nanica; no norte do Brasil, a pacova. Banana para cozinhar é, especialmente, a variedade da terra; e, também no norte, a pacova.

Banana para preparar a passa é a prata. Bananas para compotas são as variedades figo e nanica. Bananas para bananadas, doces de colher e de cortar, são de preferência a prata, mas também a nanica. Bananas para farinha são quase todas, quando verdes. Além disso tudo, as bananas entram como ingrediente em uma grande quantidade de pratos salgados típicos das culinárias regionais brasileras. No Rio de Janeiro e em Pernambuco, o famoso cozido, que entre tantos componentes – carnes, tubérculos, legumes e verduras -inclui as bananas da terra e nanica. Especialidade do sul de Minas Gerais é o virado de banana nanica, preparado com farinha de milho e queijo mineiro. No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara chama-se “azulmarinho”: postas de peixe cozidas com banana nanica verde sem casca, acompanhado de um pirão feito com o caldo do peixe, banana cozida amassada e farinha de mandioca. Na Bahia, embora não levem a banana propriamente, podem ser incluídos o abará, o acaçá e a moqueca de folha, uma vez que cozidos na folha da bananeira.

Vale destacar também a aguardente feita de banana, um destilado de sabor exclusivo e delicado, especialidade de comunidades caiçaras.banana verde

A banana aparece de forma marcante nas refeições caseiras e nos “pratos feitos” servidos em bares e restaurantes brasileiros; alimentando diariamente boa parte da população, a banana nanica ou prata – é comumente servida crua para ser misturada ao arroz-e-feijão e a tudo mais que houver para comer.

Considerada, por muitos, a fruta perfeita, a banana é fruta de muitas qualidades: amadurece aos poucos, fora do pé, facilitando a colheita, o transporte e o aproveitamento; é fácil de mastigar, nem muito dura, nem muito mole; não dá trabalho para descascar; é fácil de comer e não suja as mãos com sucos e caldos; tem um gosto bom, nem doce demais, nem azeda; não é enjoativa ou indigesta; é altamente nutritiva, bastando umas poucas para matar a fome; é totalmente aproveitável e sem caroços; não tem espinhos, nem fiapos e nem bichos; nasce em todo tipo de solo e pode ser encontrada durante o ano inteiro.

Pode acreditar, essa fruta diminui a ansiedade e ajuda a garantir um sono tranqüilo.Ela tem esses poderes por ser rica em carboidratos, potássio, magnésio e biotina. Abanana também dá o maior pique porque possui vitamina B6, que produz energia. Mas é bom não exagerar, pois a banana por conter muita frutose acaba engordando.

A banana é a arte brasileira !

O elogio à banana não tem fim: o historiador Câmara Cascudo, por exemplo, afirma que ela tem ainda mais uma utilidade, desta vez para a ciência antropológica. Sendo planta cuja propagação se dá, por excelência, através do cultivo, a existência ou não de bananas na dieta alimentar de um grupo indígena ou comunidade seriam, para ele, indicadores seguros de seu grau de isolamento. E cita como exemplo o viajante geógrafo Karl von den Steinen, que, quando esteve na área xinguana no final do século passado, espantou-se ao descobrir que as populações que ali viviam não conheciam uma das melhores e mais lindas frutas do Brasil. Dizia ele, sobre a cultura daqueles povos:

“Não há metais, nem cães, nem bebidas embriagadoras, nem bananas! Eis a verdadeira idade da pedra…”.

É uma fruta que alimenta a arte brasileira. Além de “Yes! Nós Temos Bananas”, dezenas de marchinhas de carnaval têm festejado a gloriosa fruta nacional. Entre as mais conhecidas, há outras músicas de João de Barro, como” Bananeira não dá Laranja”, de 1953, e “Banana-Nanica”, de 1967. Também aparece na antológica “Chiquita bacana, lá da Martinica, se veste com uma casca de banana-nanica…”, composta por Alberto Ribeiro, em 1949.

Carmen Miranda em ‘Entre a Loura e a Morena (The Gang Is All Here), filme americano de 1943, dirigido por Busby Berkeley

Mas não é só a música que tem se alimentado da banana, as artes plásticas também têm demonstrado o gosto pela fruta, assim como o cinema, com Carmem Miranda cantando, dançando ou representando no exterior – o que ajudou a difundir a banana em todo ocidente.

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Nome Popular: bananeira
Nome Científico: Musa X paradisiaca L
Família Botânica: Musaceae
Origem: Ásia

Características Da Planta: Planta com caule suculento e subterrâneo, cujo “falso” tronco é formado pelas bases superpostas das folhas. Folhas grandes de coloração verdeclara e brilhantes. Flores em cachos que surgem em séries a partir do chamado “coração” da bananeira.

Fruto: Alongado, de casca mole, com a polpa carnosa de coloração amarelada, variável de acordo com a variedade.

Histórico: Antes da chegada dos europeus à América, ao que tudo indica, existiam algumas espécies de bananeiras nativas. Seus frutos, porém, não eram comidos crus, necessitando de preparo ou de cozimento prévio, não constituindo parte principal da dieta das populações autóctones. Presume-se que foi apenas a partir do século XV, portanto, que a banana, seu cultivo e seus usos foram introduzidos no continente americano. Atualmente, no Brasil, encontram-se bananas em qualquer parte, destacando-se as regiões Nordeste e Sudeste como as maiores produtoras nacionais da fruta.

Banana Bacana

Receita (Para 2 pessoas):

Ingredientes: 2 Bananas-Nanicas, Mel e Canela

Com uma faca, tire as pontas das bananas e faca um leve corte transversal nas cascas. Coloque-as em uma panela com agua fervente para cozinhar. Retire-as da panela quando as cascas começarem a rachar. Tire delicadamente as cascas, mantendo o formato original da fruta. Adicione o mel e pouvilhe com a canela. Otimo para café da manha!

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