O avanço da variante ômicron que tem deixado hospitais cheios de casos desde janeiro deste ano impossibilitou as festas de rua de carnaval. Por precaução, na maior parte das capitais brasileiras não haverá carnaval popular de rua com os tradicionais bloquinhos e desfiles. Este ano, a festa é comemorada do dia 26/02 a 01/03.
Mas na contramão da imposição de prefeituras e governos por todo o Brasil, diversos eventos privados acontecerão de norte a sul do país. Em muitos deles, os ingressos para curtir o carnaval fechado chegam a variar entre R$700 e R$3.500. As exceções são Recife, Cuiabá e o Distrito Federal, que também proibiram os eventos fechados.
Em Salvador, capital onde acontece um dos maiores carnavais do Brasil, os principais eventos foram cancelados após o governo da Bahia limitar o público de eventos fechados a 1.500 pessoas. Artistas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Léo Santana e Bell Marques cantariam em festas que seriam realizadas no Centro de Convenções e na Arena Fonte Nova, mas todos os shows foram cancelados. Eventos pré-carnavalescos, como marchinhas e fanfarras, também seguem vetados.
Outras capitais, como Belo Horizonte, Vitória, Aracaju, São Luís, Florianópolis, Curitiba, Goiânia, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Teresina, Belém e Rio Branco também proibiram os blocos, desfiles e carnaval de rua, mas liberaram eventos privados, com restrição de número de pessoas.
Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) ordenou que o limite de pessoas em eventos no estado foi reduzido de três mil para 500 pessoas, em locais abertos, e de mil para 300, em locais fechados. A medida segue em vigor até 1º de março e acontece em meio ao acelerado número de casos de covid-19 e a pressão no sistema de Saúde estadual. No período de carnaval, qualquer tipo de evento, público ou privado, está proibido em Pernambuco.
Em São Paulo, a lista de cancelamentos inclui blocos de artistas e produtores famosos, como Pipoca da Rainha (Daniela Mercury), Bloco do Alok, Bloco do Abrava (Tiago Abravanel) e Bloco do Kondzilla (ligado ao funk).
No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD) foi ao twitter comentar o cancelamento das festas de rua: “O Carnaval de rua, nos moldes até 2020, que já não havia acontecido em 2021, não poderá acontecer este ano. Tendo em vista os dados epidemiológicos que temos e que poderemos ter, vimos que seria muito difícil fazer o Carnaval de rua”, disse, em sua conta no twitter.
Apesar da variante ômicron ser menos perigosa, ela é bastante infecciosa e, como o cenário futuro é considerado incerto por especialistas devido à capacidade do vírus gerar novas variantes, os governos do Brasil pedem que todos que queiram brincar o carnaval em eventos fechados, o façam com segurança.
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