Variadas empresas populares anunciaram o fechamento de suas lojas nos Estados Unidos e este fato tem surpreendido os norte-americanos. Na realidade, o negócio das lojas de varejo perdeu terreno contra o crescimento das lojas online. Algumas dessas redes fecharam suas operações em 2019, mas outras, além de anunciar descontos sazonais, também relataram ofertas de liquidação que começarão em 2 de dezembro.
A nova forma de buscar produtos, online, pelo celular e notebook, sem precisar sair de casa e recebendo os mesmos no conforto de suas casas, tem feito com que as visitas a lojas e grandes centros comerciais diminuíssem gradativamente, principalmente entre os mais novos, como a geração dos Millennials ou geração Y.
O comércio eletrônico começou com suas ofertas no início dos anos 90, no entanto, nos últimos 20 anos, o mercado online diversificou e encontrou novos nichos, como as redes sociais. A imensa popularidade e influência das redes sociais construiu um público potencial de vendas e, segundo dados do Global Web Index (Business Insider), em 2018 os internautas consumiram em média mais de 140 minutos diários nessas plataformas com intenção de compra. A projeção de especialistas dizia que a tendência aumentaria e, em 2019, os resultados forçaram gigantes do varejo nos Estados Unidos (e no mundo) a reorganizar seus negócios para entrar na competição.
Além disso, o marketing direto, maior personalização com serviços para residências e campanhas mais baratas impulsionaram a tendência e o crescimento de novas formas de marketing que forçaram os varejistas populares a sair do mercado, fechar lojas ou se adaptar à tendência de demanda para continuar operando.
Aqui nos Estados Unidos, algumas famosas empresas e reconhecidas internacionalmente anunciaram o fechamento de várias de suas lojas em território americano justamente pela perda de terreno com o crescimento das lojas online. Algumas dessas grandes redes fecharam suas operações em 2019 enquanto outras sobreviventes anunciaram ofertas de liquidação que começarão em 2 de dezembro.
A famosa rede Forever 21, de roupas e accessórios, após o anúncio de falência no dia 2 de outubro, anunciou uma lista de 178 lojas que fecharão, incluindo 40 localizadas na Califórnia. Gymboree, a popular loja de roupas infantis com sede em San Francisco, entrou com pedido de falência em janeiro de 2019 e anunciou o fechamento de cerca de 800 lojas Gymboree nos Estados Unidos e Canadá (Crazy 8).
Depois de revelar anúncios de super descontos para a esperada Black Friday 2019, a empresa proprietária da Sears e Kmart anunciou planos para fechar 96 lojas adicionais e cerca de 28 delas na Califórnia nos próximos meses. Após várias demissões e fechamento de 20 lojas em todo o país, a Lowes, especialista em material de construção e produtos para casa e escritório, abriu seu primeiro Outlet em Monrovia, Califórnia, que oferece produtos com até 70% de desconto.
A rede Family Dollar anunciou o fechamento de 390 lojas e remodelará 200 delas para convertê-las em lojas da Dollar Tree. A rede Dollar Tree agora tem cerca de 8.000 lojas nos Estados Unidos. As três, juntamente com a rede 99Cents Stores, são as maiores redes de venda de produtos com base no “one dollar”.
Como último exemplo, mencionamos a rede de farmácias e conveniências Wallgreen que anunciou o fechamento de 200 de suas lojas a nível nacional após solicitar a autorização da Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários dos Estados Unidos em agosto de 2019. O porta-voz da famosa rede americana indicou que o fechamento representa menos de 3% do estoque da corporação e que o fechamento não afetará clientes, pacientes ou funcionários.
O fato é que cada dia vemos mais lojas falindo ou redes de lojas fechando parte de suas redes de lojas ou se adaptando a uma nova era em consequência da tecnologia, da conveniência e das novas formas de se comprar com as novas gerações.
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