Por Lindenberg Junior

Falando em EcologiaSomente a partir de 1972, na “Conferência de Estocolmo”, a humanidade começou a se perguntar sobre o sentido da palavra grega “oikos”- Ecologia – que significa casa, o planeta azul onde vivemos. A sociedade humana começava a entender (e se conscientizar!) sobre a importância de nos darmos as mãos em benefício da natureza e do meio-ambiente. Moramos todos no mesmo lugar e, mesmo que não gostemos,com tantas diferenças e intolerâncias, temos que nos unir, preservando a natureza que garante a vida de nosso planeta…

Durante a última década, 182 países se tornaram parte da “Convenção sobre a Diversidade Biológica” (uma das maiores conquistas da Rio 92). As pesquisas do “livro Vermelho” da World Conservation Union (União Mundial pela Conservação) contudo, revelam para essa mesma época, que 13% dos peixes, 11% dos mamíferos, 10% dos anfíbios, 8% dos répteis e 4% das aves, estavam sob risco imediato de extinção.

Pesquisa realizada pelo Museu Americano de História Natural verificou que sete de cada 10 biólogos acreditam que o mundo esteja hoje em meio a mais acelerada extinção em massa de seres vivos nos 4.5 bilhões de anos de história do planeta.

Embora 2/3 do planeta seja composto de água, apenas uma fracão dela é potável. Essa “commodity” ambiental está se tornando rara em muitos países. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), está prevendo que 2/3 da população mundial poderá estar vivendo em condições de escassez de água ate 2025. Hoje, cerca de 40% da produção mundial de alimentos dependem de irrigação.

comic characters 2029609 1280As emissões de carbono dos USA (maior emissor mundial com 24.5% do total), cresceram 18% em relação a 10 anos atrás. E os motoristas desse país consomem 43% da gasolina mundial para conduzir internamente menos de 5% da população global.

Para o século XXI, estima-se o declínio das reservas petrolíferas, o que demandará ajustes, queda no consumo e inflexões radicais, sob pena de colapso do sistema econômico, social e político.

Na Amazônia, a cada ano, 18 mil hectares de florestas são derrubadas. Ali se encontra o “pulmão” do planeta. É muito triste e preocupante ter consciência do que está acontecendo. Com inteligência e principalmente com o empenho de políticas públicas e ecológicas, a biodiversidade amazônica deve ser pensada como uma saída para viabilizar a vida na região, no continente e até no mundo.

Aliás, quanto vale os produtos e serviços da biodiversidade das florestas tropicais para as bilionárias indústrias farmacêutica e da biotecnologia? E os do clima, solos e níveis de insolação para o “agrobusiness”?

Os princípios que permitiram a longa vida e duração de antigas civilizações como a Egípcia e a Grega, incluem noções úteis para a civilização sustentável do futuro. Entre eles, há os que endossam comportamentos de pouco impacto no meio ambiente. Esses princípios são contrários a tudo que causa sofrimento ao homem e a natureza.

Quem abrir a Bíblia, verá que a primeira preocupação de Deus foi criar a natureza. Voltar a fazer do planeta um lugar melhor. A questão ambiental nos coloca no mesmo barco planetário. E ele só não afundará se todos remarem. Sejamos brancos ou negros, feios ou bonitos, jovens ou velhos, ricos ou pobres.

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