Os brasileiros continuam saindo de seu país de origem e se mudando definitivamente para outros países, como os Estados Unidos, o preferido. Os motivos são inúmeros, mas a violência e o pouco poder aquisitivo diante da crise econômica, bem como o desemprego, são os principais fatores da migração.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, atualmente há cerca de 1,4 milhão de brasileiros morando na Terra do Tio Sam, sendo que 400 mil deles estão na Flórida . Em 2015, o estado contabilizou 105 milhões de visitantes – recorde, que também aconteceu em Orlando , quando 66,1 milhões de turistas estiveram na cidade, sendo 770 mil brasileiros.
Desde a década dos 70 o estado da Flórida passou a receber com mais constância a chegada de brasileiros que visavam o sonho americano, em particular por ser mais perto do Brasil e por ter um clima muito parecido. As inúmeras opções de praias e lazer e a facilidade de se comunicar. inicialmente através do “portunhol” facilitaram esta escolha. A cidade de Orlando e a área ao redor foram as que mais cresceram em relação às outras comunidades brasileiras nos EUA.
Levando muita esperança na bagagem, os brasileiros vão em busca de sucesso profissional e qualidade de vida. Este foi o caso do carioca Flávio Augusto da Silva . Nascido e criado na periferia do Rio de Janeiro, e ex-estudante de escola pública, ele comprou o Orlando City Soccer Club , clube de futebol profissional nos EUA, que passou a disputar a elite do futebol norte-americano. Em 2014, o meia brasileiro Kaká foi contratado pelo clube.
Já o médico Mauri Carakushansky , que em 1997 chegou jovem e sozinho ao país, demonstrou sua capacidade profissional ao longo dos anos e, além de ter alcançado o tão almejado cargo de chefe do Nemours Children’s Hospital, foi qualificado em 2015 como um dos melhores endocrinologistas pediátricos dos EUA.
Residindo em Miami há pouco mais de um ano, Renato Mendonça se sente em casa: ele abriu um salão de design de sobrancelhas em South Beach e já planeja ampliar o negócio: “Miami é a cidade menos americana dos EUA – uma cidade muito latina, com uma mistura muito grande de brasileiros, colombianos, venezuelanos, haitianos, russos… Isso facilitou a nossa adaptação”, explica ele, que admite não ter “a mínima vontade de voltar ao Brasil, nem a passeio”.
A brasileira, com dupla cidadania, Valquiria Gomes Pidgeon , diretora de uma empresa na Flórida, acredita que um dos fatores que mais motiva o empresário a empreender na Flórida é a baixa carga tributária, uma das menores do país. Além disto, os juros nos EUA para financiamento de imóveis nunca estiveram tão baixos (média de 2% a 3% ao ano). As oportunidades são grandes; e as expectativas maiores ainda. Mas, antes de tomar a decisão de sair do Brasil, a especialista alerta sobre a importância de um amplo planejamento. “É preciso cobrir várias frentes para emigrar ou investir com segurança”.
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