architecture g2b5f12b5b 1920Ron DeSantis, governador da Flórida, assinou, na sexta-feira (22/04), um projeto de lei para abolir o distrito autônomo da Disney em Orlando. Essa atitude seria uma forma de punir a gigante do entretenimento por sua oposição à chamada lei “Não diga gay”.

A proposta dissolveria o Reedy Creek Improvement District, que cobre quase 40 milhas quadradas dos condados de Orange e Osceola e abrange os parques temáticos e resorts da Disney. O distrito, criado em 1967, dá à Disney o poder de decretar suas próprias regras de uso da terra e de se tributar para prestar serviços.

O governador está em guerra com a Disney desde março, quando a empresa expressou sua oposição à lei dos Direitos dos Pais na Educação. Essa lei proíbe a discussão de assuntos relacionados à identidade de gênero e à orientação sexual no ensino fundamental. A empresa divulgou um comunicado em março dizendo que trabalharia para derrubar a lei.

Durante uma coletiva em Hialeah, DeSantis disse que era uma “provocação” da Disney. E declarou que a corporação, que é sediada na Califórnia, queria mobilizar seu poder econômico para atacar os pais do estado da Flórida. Ainda comentou que achava que o criador da empresa não estaria apreciando os acontecimentos da organização.

A Disney não comentou publicamente sobre a nova lei. A lei deve entrar em vigor em 1º de junho de 2023 e pode enfrentar desafios legais antes disso. Ela ficará em dívida com os condados de Orange e Osceola para manter as estradas e os sistemas de esgoto nos parques e fornecer outros serviços públicos. Os condados enfrentariam despesas adicionais, que poderiam ser custeadas pelos contribuintes, e estariam no gancho para pagar quase US$ 1 bilhão em dívidas.

Facebook Comments