Em março de 2025, várias mídias americanas, incluindo Forbes e The Economist, deram destaque ao Manus, uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) desenvolvida pela startup chinesa Butterfly Effect. O Manus é visto como uma inovação importante no campo da IA, sendo o primeiro “agente de IA geral” capaz de realizar tarefas sozinho, sem precisar de comandos detalhados como outros sistemas de IA, como o ChatGPT.
Essa novidade está gerando bastante interesse, mas também gerou preocupações, especialmente nos Estados Unidos, onde a origem chinesa do projeto e o apoio do governo da China geram desconfiança.
O que é o Manus?
O Manus é descrito como o primeiro agente de IA geral do mundo, um grande avanço no desenvolvimento de sistemas autônomos de inteligência artificial. Ao contrário dos chatbots tradicionais, que precisam de comandos claros e específicos para funcionar, o Manus consegue fazer coisas sozinho, como navegar na internet, escrever códigos, analisar dados e até realizar tarefas complexas sem ajuda humana constante. Isso faz com que ele seja mais autônomo e inteligente do que as IAs que estamos acostumados a ver.
Desenvolvido pela Butterfly Effect, uma startup chinesa, o Manus usa vários modelos de IA para trabalhar de forma mais flexível. Ele não depende de um único modelo de linguagem para cada tarefa. Em vez disso, o Manus combina várias tecnologias para realizar tarefas de maneira mais eficiente. Isso torna a IA mais poderosa e capaz de resolver problemas de forma mais autônoma, o que a aproxima da ideia de “Inteligência Artificial Geral” (IAG), um tipo de IA que pode pensar de maneira mais parecida com os humanos.
O apoio do governo chinês e os receios ocidentais
Assim como o DeepSeek, outra ferramenta de IA chinesa que também fez muito barulho, o Manus ainda está em fase beta. Isso significa que ele ainda está sendo testado e aprimorado. Alguns usuários já começaram a testar o Manus, mas encontraram alguns problemas, como travamentos e falhas. Essa fase de testes é normal para novas tecnologias, já que as empresas buscam corrigir falhas antes de lançar uma versão definitiva para o público.
Além disso, o governo chinês tem investido fortemente no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial, como parte de uma estratégia nacional para tornar a China líder global nesse setor até 2030. O Manus, assim como o DeepSeek e até o TikTok, faz parte dessa iniciativa. Porém, o envolvimento do governo chinês nessas tecnologias levanta preocupações, principalmente no Ocidente. Um exemplo disso foi a investigação aberta pelos EUA sobre o TikTok, movida pelo medo de que o governo chinês pudesse acessar dados privados dos usuários, levantando sérias questões de segurança.
Mas com o Manus, essas preocupações se aprofundam. Como uma IA capaz de tomar decisões de forma autônoma, ela pode influenciar áreas sensíveis, como políticas públicas, finanças e até questões sociais. Por isso, um sistema de IA desenvolvido na China, se mal utilizado, pode representar riscos significativos. A grande questão é: quem realmente controla essas tecnologias? E até que ponto o governo chinês pode ter influência no funcionamento e nas decisões desses sistemas?
Além disso, a China tem regras muito mais flexíveis sobre controle de dados e privacidade do que muitos países ocidentais, o que aumenta a desconfiança em relação à segurança das informações. O Manus, que pode tomar decisões sozinho, sem a supervisão humana, poderia ser usado para fins que vão além da simples inovação tecnológica, como manipulação de dados ou espionagem.
O potencial do Manus e os desafios éticos
Embora existam várias preocupações políticas e de segurança, o Manus também traz um grande potencial para transformar muitas áreas da vida cotidiana. Se ele funcionar como prometido, poderá melhorar a forma como trabalhamos, estudamos, realizamos pesquisas e até ajudamos a resolver problemas globais. Ele pode ser usado para planejar tarefas complexas, como a organização de viagens, análise de mercados financeiros e até para selecionar currículos de candidatos a empregos, tudo de forma autônoma.
Porém, a chegada de uma IA tão avançada também levanta questões éticas importantes. Quem seria o responsável se o Manus cometesse um erro ou tomasse uma decisão ruim? Como garantir que ele não faça algo prejudicial, como invadir a privacidade das pessoas ou causar danos em outras áreas? Essas são questões complexas que precisarão ser discutidas conforme a tecnologia avança.
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