Por Lindenberg Junior

unnamedÉ ali no “Pelô” que baianos e turistas se encontram. Que visitantes se rendem às trancinhas de cabelos, que o som do Olodum esquenta seus tambores, que o bloco Filhos de Gandhi e Ilê Ayê dão os primeiros passos durante o Carnaval, que meninos e adultos jogam capoeira, e que boas compras de artesanato local podem ser feitas. A Ladeira do Pelourinho e algumas ruas adjacentes são calçadas com pedras cabeça-de-negro, um registro da história Brasileira.

No Pelourinho estão a Fundação Casa de Jorge Amado, a Casa de Benin e a antiga Faculdade de Medicina. Essa Faculdade abriga também os museus Afrobrasileiro, com objeto de culto aos orixás, e o de Arqueologia e Etnologia com peças de sítios arqueológicos. Tombado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em 1985, o lugar mais importante da cidade de Salvador também dissemina arte por toda o estado da Bahia.

No Pelourinho, suas ruas de pedras, sobrados e igrejas seculares contam a história da Bahia e do seu povo. Prédios antigos, monumentos e festas são expressões da história, da arte e da cultura cidade de maior influência Afro do Brasil. O Pelourinho é o lugar mais frequentado pelos turistas Brasileiros e estrangeiros e é uma verdadeira identidade da cidade. Seu conjunto arquitetônico é composto por mais de 800 sobrados, solares, palacetes, igrejas e conventos.

A partir do século XVII, os grandes proprietários rurais passaram a ter residências suntuosas no Centro Histórico. O número de igrejas aumentaram, e a partir do século XIX o comércio passou a tomar conta do lugar. As famílias consideradas nobres foram para outras partes da cidade, deixando os prédios que se transformaram em prostíbulos. Até meados de 1994, a área do Pelô não era muito recomendada. Sua restauração a partir dessa época, deu potencial turístico e uma nova dimensão cultural.

Em Salvador carnaval de rua ganha espaço de camarotes e blocos pagos 39652346524Dança “assim” e dança “assado”, é na dança da garrafa ou do cabelinho, e cada ano o povo baiano curte novas coreografias saídas diretamente dos bairros populares, e que às vezes ganham o mundo. O batuque baiano é constante o ano inteiro. A empolgação dos batuqueiros e as danças frenéticas continuam ditando o molejo do corpo. O Pelô é sinônimo de agito, de cultura, de alegria. Alem do tradicional Axé Music, a espaço para a Salsa e para o bom Jazz. Saindo do Centro Histórico, na Associação Atlética da Bahia Magareth Menezes agita com seus shows, e o Araketu embala seus ensaios no Aeroculbe. O Pelourinho e suas adjacências é assim, só alegria, bom astral, som de berimbal, ginga e capoeira, artesanato, música, boa segurança, muitos turistas, e principalmente, história e tradição.
Axé!

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