bomNo dia 20 de agosto, a polícia federal deflagrou, em São Paulo, a operação Big Five, para investigar e desmontar um grupo criminoso que organizava a migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. Segundo a corporação, os integrantes da organização criminosa gerenciavam uma rota de “contrabando de migrantes” que partia de países da África Ocidental e passava por São Paulo (SP) e Rio Branco (AC).

A investigação teve início, de acordo com a PF, em julho de 2018, graças à cooperação policial internacional entre autoridades brasileiras e a agência norte americana de imigração Ice Customs Enforcement. Na época, foi informado à PF que estrangeiros que viviam em São Paulo estariam liderando “organização criminosa voltada à prática de migração ilegal de diversas pessoas para os Estados Unidos”.

A polícia federal apurou como o esquema funcionava: o grupo providenciava passaportes e vistos brasileiros falsos em países da África Oriental, de onde partiam os migrantes ilegais com destino a São Paulo. Na capital paulista, os estrangeiros eram recebidos pelos integrantes da organização criminosa, que retinha seus passaportes. Os migrantes ficavam hospedados em um hotel na região central de São Paulo, indicou a corporação. De São Paulo, os migrantes seguiam para Rio Branco (AC). Lá atravessavam a fronteira com o Peru e prosseguiam em ônibus, barcos, de carona e a pé até a fronteira do México com os EUA.

A PF indicou ainda que, dentre os migrantes enviados ilegalmente aos EUA, estão dois somalis suspeitos de terrorismo, hoje presos no país. A dupla permaneceu dias em São Paulo e no Acre antes de seguirem para os Estados Unidos, afirma a corporação.

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