Aprender inglês é uma habilidade essencial em um mundo globalizado. Mas por que o Brasil continua ficando para trás? Uma pesquisa global da empresa Education First (EF), publicada anualmente no relatório English Proficiency Index (EPI), mostra que os brasileiros ainda enfrenta grandes desafios no domínio da língua inglesa. Embora os dados mais alarmantes sejam de 2017, a tendência se manteve ao longo dos anos – e até piorou em alguns aspectos.
Brasil em queda no ranking mundial de inglês
Em 2016, o Brasil ocupava a 40ª posição no ranking de proficiência em inglês entre 70 países. Na edição anterior, estava em 38º lugar. Ou seja, perdeu posições mesmo após eventos de grande visibilidade internacional, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, que teoricamente incentivariam o aprendizado da língua.
Na edição mais recente do relatório (2024), o Brasil aparece na categoria de proficiência baixa, com pontuação inferior à média global. Fica atrás de diversos países latino-americanos, como Argentina e Chile.
Inglês no Brasil: Por Que Estamos Atrás e Como Melhorar
A EF classifica os países em cinco categorias: muito alta, alta, moderada, baixa e muito baixa proficiência. A análise é feita com base em testes online que avaliam vocabulário, compreensão gramatical e leitura. Segundo especialistas, os principais motivos para o baixo desempenho brasileiro são:
- Metodologias de ensino ultrapassadas nas escolas públicas e particulares;
- Falta de capacitação de professores de inglês;
- Baixa exposição prática à língua no cotidiano;
- A crença de que “inglês não é necessário” fora de contextos internacionais.
Como o Fraco Inglês dos Brasileiros Afeta Suas Oportunidades Profissionais
O fraco domínio do inglês tem consequências diretas no mercado de trabalho. Vagas com melhores salários e maiores possibilidades de crescimento frequentemente exigem fluência em inglês – algo que exclui grande parte da população brasileira. Além disso, profissionais brasileiros têm dificuldade em se destacar em ambientes corporativos globais, limitando oportunidades em multinacionais, trabalhos remotos e intercâmbios.
Iniciativas educacionais: por que ainda não surtiram efeito?
Apesar de reformas educacionais e programas públicos de capacitação de professores, como o “Inglês sem Fronteiras” e iniciativas estaduais, a execução muitas vezes falha. Falta continuidade, avaliação de impacto e principalmente investimento em longo prazo.
Caminhos para melhorar a proficiência em inglês no Brasil
- Investir em ensino bilíngue desde a infância, como já fazem países de destaque no EPI;
- Adotar métodos mais interativos e imersivos nas aulas;
- Incentivar o uso de tecnologia e aplicativos de idiomas com foco em fala e escuta;
- Criar programas públicos de imersão cultural (intercâmbio, clubes de conversação, etc).
Conclusão
A dificuldade dos brasileiros com o inglês é um reflexo de problemas estruturais na educação e na cultura de aprendizado de línguas. No entanto, com planejamento, políticas públicas eficazes e engajamento individual, é possível reverter esse cenário. Por fim, gostaríamos de informar que a Soul Brasil, sediada em Los Angeles, Califórnia, tem conteúdo em inglês e português e, frequentemente, tem conteúdo em ambos os idiomas.