musica ia computador e1726099208465Um homem da Carolina do Norte, Estados Unidos, foi preso (em setembro de 2024*), acusado de liderar um esquema de fraude que usava inteligência artificial (IA) para criar músicas de artistas fictícios. Segundo promotores, ele teria carregado essas faixas em plataformas de streaming, onde eram reproduzidas por bots. Com essa operação, o homem teria arrecadado aproximadamente US$ 10 milhões em royalties.

O acusado foi identificado como Michael Smith, de 52 anos, residente de Cornelius, na Carolina do Norte. De acordo com os promotores que acompanham o caso, ele foi como responsável por manipular grandes plataformas de streaming, incluindo Amazon Music, Apple Music e Spotify, entre 2017 e 2024.

O esquema consistia na criação de músicas falsas geradas por IA, vinculadas a bandas fictícias. Ele desenvolveu um software que controlava “bots” para reproduzir essas músicas repetidamente nas plataformas de streaming. Entre os nomes fictícios de artistas estavam “Callous Post”, “Calorie Screams” e “Calvinistic Dust”, e algumas das faixas, como “Zygotic Washstands” e “Zymotechnical”, chegaram até a figurar nas paradas de sucesso, segundo os promotores.

Smith teria criado milhares de contas falsas de streaming utilizando e-mails comprados na internet, estimando, em um documento financeiro que enviou para si mesmo, que poderia gerar até 661.440 streams por dia. A partir dessa quantidade de reproduções, ele calculou que poderia lucrar US$ 3.307,20 diariamente, ou cerca de US$ 1,2 milhão por ano.

spotify e1726099817570Inicialmente, ele carregava músicas compostas por ele mesmo, mas percebeu que seu catálogo era muito limitado para gerar lucros substanciais. Para expandir a quantidade de músicas, ele fez parcerias com um publicitário musical e, posteriormente, tentou vender seus serviços a outros artistas, oferecendo tocar as músicas deles em troca de uma parte dos royalties. No entanto, ambos os planos falharam.

Foi então que Smith recorreu à inteligência artificial para criar centenas de milhares de novas músicas de forma rápida. Ele contou com a ajuda de um executivo de uma empresa de música por IA e um promotor musical, que forneciam milhares de canções a cada semana para alimentar o esquema. Em um e-mail de 2019, o promotor cúmplice teria afirmado: “O que estamos fazendo aqui não é ‘música’, é ‘música instantânea’.”

O homem foi cuidadoso em sua abordagem para evitar levantar suspeitas. Ao invés de concentrar os streams fraudulentos em poucas músicas, ele espalhou sua atividade por milhares de faixas, tornando mais difícil para as plataformas de streaming detectarem a fraude. Segundo os promotores, ele também utilizava dados falsos para criar contas, concordando com os termos de serviço que proíbem a manipulação de streams.

uma mulher com um telefone celular na mao esta olhando para um telefone celular 976492 84512 e1726099251692Acusações e Prisão

Smith foi preso em setembro de 2024, e as acusações contra ele incluem fraude eletrônica e conspiração para lavagem de dinheiro. Se condenado, ele poderá enfrentar até 20 anos de prisão por cada uma dessas acusações.“Smith roubou milhões em royalties que deveriam ter sido pagos a músicos, compositores e outros detentores de direitos cujas músicas foram transmitidas legitimamente”, disse Damian Williams, procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York.

Este é o primeiro caso criminal envolvendo manipulação de streaming de música apresentado pela Procuradoria de Nova York, ressaltando a necessidade urgente de regulamentações e práticas mais rigorosas em uma indústria que depende cada vez mais das audições digitais para avaliar o sucesso dos artistas. O impacto vai além do financeiro: ele afeta a integridade das plataformas de streaming e a confiança dos artistas e consumidores.

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