A Realidade Virtual (RV) é uma tecnologia descoberta há poucos anos e que vem crescendo exponencialmente nos últimos meses, sendo ainda conhecida por um pequeno público no Brasil. Esse novo universo vai além do mundo de jogos e entretenimento e, atualmente, está sendo aplicada em vários cenários na medicina, como, por exemplo, a cirurgia plástica.
Um cirurgião do Rio de Janeiro acredita nesta combinação e explica que a tecnologia se produziu através da união do óculos que gera o cenário de realidade virtual em conjunto com o software específico de cirurgia plástica. E, sendo o Brasil o atual líder mundial em cirurgias estéticas, segundo pesquisa recente da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), “essa nova ferramenta tecnológica vem para auxiliar tanto o cirurgião plástico quanto o paciente, por exemplo, na mamoplastia de aumento ou prótese de silicone, buscando responder a pergunta mais feita no consultório antes do procedimento: ‘Mas doutor como eu vou ficar após a minha cirurgia?’ “, explica o médico Eduardo Porto Leite.
Agora a relação entre médico e paciente é aprimorada através dessa nova conexão, trazendo o mundo virtual o mais próximo possível da realidade. A paciente consegue se ver dentro de um consultório virtual e experimentar diferentes tamanhos e formatos de prótese de mama (implante silicone), “o que torna o processo uma experiência emocionante e única”, afirma o cirurgião.
Na prática, como funciona a realidade virtual
Durante a consulta, o médico fotografa o paciente de sua máquina ou através de um scanner no seu consultório, e via um programa específico, essas fotos em conjunto com medidas do corpo do paciente aferidas, irão se transformar em um modelo 3D exclusivo no computador do cirurgião. Ao colocar o óculos conectado ao software, a paciente adentra na realidade virtual e se vê em um cenário de um consultório elegante, com espelhos para se visualizar em diferentes perfis e, ao olhar para baixo, ela consegue enxergar seus seios e seu corpo, o que é uma experiência emocionante.
Enquanto a paciente tem essa experiência única, o cirurgião plástico vai controlando no seu computador o software e vai aumentando ou diminuindo o tamanho da prótese de silicone, mudando o formato da prótese, enquanto a paciente está usando o óculos. Com esta facilidade, a decisão a ser tomada pela paciente se torna mais confortável e com maior chance de atingir o sucesso do resultado pós-operatório.
*Eduardo Porto Leite é Cirurgião Plático Especialista e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Associação Médica Brasileira (AMB). É, também, professor de Medicina na Unigranrio. Para saber mais, visite: www.drportoleite.com.b
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