pexels anna shvets 3987152Com as subvariantes da Omicron fazendo os casos de covid-19 saltarem em todo o país, dois novos estudos podem dar um pequeno consolo a quem está preocupado em se infectar ou se reinfectar. Ter se infectado com a covid pode deixar alguém mais protegido do que simplesmente com a primeira e segunda dose de vacina.

Dois estudos, um produzido pela empresa alemã de biotecnologia BioNTech SE e outro pela Universidade de Washington em colaboração com a Vir Biotechnology, com sede em São Francisco, investigaram as respostas imunes de vários grupos com base em sua vacinação e status de infecção.

Atualmente, nos EUA, os grupos que já  podem tomar uma segunda dose de reforço, de acordo com o CDC, são os adultos de 50 anos ou mais, os indivíduos imunosuprimidos com mais de 12 anos e aqueles que receberam duas doses da vacina Janssen, da Johnson & Johnson.

Observando indivíduos vacinados que tiveram uma infecção média ou grave pela  variante Omicron, a BioNTech descobriu que esses indivíduos apresentaram uma melhor resposta de células B do que os indivíduos que receberam a dose de vacina, mas não foram infectados. As células B, um tipo de glóbulo branco, são um componente do sistema imunológico que ajuda a produzir anticorpos.

O estudo da Universidade de Washington comparou amostras de sangue de indivíduos de alguns grupos: os que foram vacinados e depois contraíram a covid-19 – variantes Delta ou Omicron -; aqueles que pegaram covid-19 antes dessas variantes e foram vacinados; aqueles que foram vacinados, mas nunca infectados, e aqueles que foram infectados e nunca vacinados.

A pesquisa descobriu que indivíduos vacinados que pegaram a Omicron produziram anticorpos que formaram uma defesa formidável contra outras variantes do vírus. Já as pessoas não vacinadas que pegaram Omicron não tiveram uma resposta imune igualmente robusta e protetora.

No entanto, quaisquer proteções, por mais fortes que sejam, duram apenas certo tempo. A imunidade de indivíduos reforçados e previamente infectados desaparece após vários meses – é válido ficar o alerta.

Como já é esperado que haja um novo aumento de casos no próximo outono, o CDC atualizou suas orientações de vacinação em maio e sugeriu que os indivíduos que se enquadram nos grupos mencionados que já podem tomar a dose de reforço e que foram infectados nos últimos três meses deveriam esperar e tomar a vacina depois.

pexels polina tankilevitch 3735747Além deles, indivíduos para os quais um segundo reforço os impediria de receber mais doses no futuro próximo também devem considerar adiar e tomar próximo à chegada do outono: “Um segundo reforço pode ser mais interessante de ser tomado no outono deste ano, ou quem sabe aguardar uma nova vacina eficaz contra as variantes mais recentes”, disse o CDC.

Anthony Fauci, médico imunologista da Casa Branca, alertou que um aumento no número de casos em maio poderia dobrar o número total de infecções que os EUA registraram até agora. Até o momento, os EUA relataram mais de 82 milhões de casos.

Fundos federais adicionais no auxílio ao combate da covid-19 estão atualmente trancados no Congresso depois que o pacote inicial de US$ 22,5 bilhões do presidente Joe Biden foi reduzido para US$ 10 bilhões. Um memorando da Casa Branca do dia 15 de março afirmou que a falta de financiamento no combate à covid-19 “terá consequências graves, pois não estaremos equipados para lidar com um aumento futuro”.

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