É notável que tanto em períodos de crise econômica e recessão no Brasil ou mesmo em tempos de lucro fácil, a quantidade de pessoas procurando estender seus negócios ou estabelecer-se nos Estados Unidos aumenta a cada ano. E são vários tipos de pessoas buscando o mesmo sonho: do micro ao grande empresário, do visionário e detentor de ideias originais em busca de apoio e melhores possibilidades aos que anunciam nas redes sociais sua disponibilidade para qualquer tipo de serviço, ou mesmo, os que se acham em condições de vir implantar o mesmo modelo de negócio que possuem ou possuíram no Brasil.
Porém nada é tão simples quanto possa parecer em nossa ideia inicial. Sem estar preparado para enfrentar um mercado altamente competitivo e aberto, as opções de negócios não aparecem como no Brasil. Além disso, fatores como a inibição na hora de fazer marketing e vender sua ideia e a dificuldade em se comunicar através de uma nova língua limitam esses empreendedores a um pequeno nicho de mercado.
São inúmeras as razões que levam estas pessoas ao insucesso, no entanto é difícil estabelecer a ordem das razoes que mais afetam a decisão de recuar e desistir. Não existe um ranking que mostre quais fatores causam a desistência do “sonho americano”, porém isso pouco acrescenta – ou diminui, a pressão para a tristeza de ver que os planos não deram certo.
Aqui estão alguns fatores que influenciam na desistência de um alto número de pessoas que tentam fazer negócios nos Estados Unidos:
Comunicação através de um novo idioma
Boa parte dos brasileiros, até os que se dizem preparados após anos de estudos de inglês no Brasil, ainda tem vergonha e inibição quando saem de seu país de origem e enfrentam a realidade de uma nova língua e cultura. O medo de trocar palavras e a pouca comunicação para evitar erros de fonética se convertem em poucas oportunidades de fazer negócios em um mercado que entende a diversidade e respeita a etnia. Para superar isso, é importante estudar sempre e não ter medo de errar. O conselho aqui é antigo: estudar e praticar para se aperfeiçoar.
Desconhecimento das leis norte-americanas
É muito comum de se ouvir os brasileiros nos Estados Unidos falarem: “no Brasil é assim…” ou ainda, “em qualquer lugar do mundo é assim”, porém não é. Os EUA têm leis muito claras e feitas para serem cumpridas de fato. Achar que as leis daqui podem ser interpretadas como se faz no Brasil é ter certeza que terá problemas sérios a enfrentar. Quando se trata de contrato, o brasileiro precisa ler, pois ele está acima de qualquer lei. O conselho é procurar cercar-se de profissionais quando for fechar negócios que envolvam contrato e saber, muito bem, se há leis que o protejam dos seus argumentos do que é certo ou errado.
Falta de uma boa pesquisa de mercado
Muitos brasileiros chegam com uma ideia já formada do que fazer e no que se “meter” quando chegar aos EUA. Sem orientação profissional e boa quantidade de opções para se estabelecer, tendem a ir direto no que sonham ser a forma ideal para ganhar o sustento na terra do Tio Sam achando, inocentemente, que tudo fluirá após esse único passo. Porém uma pesquisa, seja ela com a ajuda de um profissional ou no mínimo, pelo próprio interessado, pode “abrir os olhos” para não entrar em negócios ou empregos frustrantes.
Um conselho interessante é verificar negócios à venda naquilo que espera ser seu sustento. Por exemplo, se pensa em abrir ou comprar um determinado de negócio já montado, vá conhecer quatro ou cinco deles. Quanto aos que estão à venda, verifique quais os motivos que levaram à venda. De quebra ainda conhecerá um pouco de seus concorrentes e aprenderá mais sobre o mercado (nicho ou indústria).
Achar uma “perda de tempo” atualizar-se (cursos e escolas)
A autoconfiança muitas vezes pode ser um problema. Ao se achar “bem-sucedido” no Brasil, a pessoa não entende o quão importante é se atualizar academicamente e voltar às carteiras escolares para um mestrado ou um curso complementar. Com isso acaba ficando no mercado sem ter nada de novo a oferecer, além da vontade de mudar para um lugar melhor e mais seguro. Dessa forma, muitos acabam se frustrando ou sem entender porque mesmo “com bagagem” o negócio não deu certo.
Agir como se ainda estivesse no seu país de origem (Brasil)
Agir como se estivesse no seu país, quando se é facilmente entendido por seu aspecto empresarial ou empregatício, sem levar em conta a forma como as pessoas vivem e interagem culturalmente nos Estados unidos frustra o imigrante, pois ele sempre “agiu assim e deu certo”. É preciso se desapegar do passado e entender que ao atravessar a fronteira, uma nova cultura está te esperando e com ela novos tipos de pessoas, visões, empregos. Não é por acaso que vemos casos de pessoas deportadas por irem presas por beberem álcool acima do permitido ou envolvendo-se em casos de “soliciting for prostitution” (quando uma policial disfarçada os convence a tirar dinheiro do bolso). Essas decisões frequentes e frustrantes levam esses recém-chegados a serem banidos do convívio social na América.
Insistir em negócios não lucrativos
A forma de analisar negócios como conhecemos no Brasil, em que o capital é o elemento mais importante para o sucesso de um empreendimento, esbarra na habilidade do negócio gerar resultados, no lugar de simplesmente capitalizá-lo e ter lucro. Há muito o que se falar sobre este tema, vai da frustração do brasileiro em não se satisfazer com um lucro de 10%, considerado alto para os moldes americanos, até o fato de esperar chegar à terra do Tio Sam e inventar um produto no qual ninguém “pensou antes”. Mais uma vez: muita leitura, informação e pesquisa são fundamentais e de extrema importância para seu sucesso.
Outros fatores ainda poderiam ser citados, mas o mais importante ao pensar em mudar de país e/ou fazer negócios nos Estados Unidos é entender que é uma decisão difícil e que precisa ser avaliada de forma séria e profissional, e nunca por impulso.
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