Por Pastor Marcelo Gonçalves
Em um dia de folga, aproveitei para caminhar e conhecer um morro próximo a Long Beach (Califórnia), perto de onde resido, chamado Signal Hill. Dizem que ele recebeu esse nome de “Morro dos Sinais” porque os índios nativos da região usavam esse ponto alto para mandar sinais de fumaça – um dos métodos mais antigos de comunicação à distância.
No morro existe também um pequeno parque onde está o primeiro poço de petróleo perfurado da região. A descoberta do chamado “ouro negro”, em 1921, naquele lugar desencadeou uma corrida em busca da fortuna. Como resultado, mais de trezentos poços foram perfurados naquela área.
Hoje, passados quase cem anos, sobrevive em operação apenas um ou dois destes poços. Os demais capitularam diante das vigorosas leis de proteção ao meio ambiente que praticamente baniram a indústria do petróleo da Califórnia.
Eu fiquei pensando com meus “botões”: os nativos da região que usaram o morro para se comunicar se foram, os empreendedores do século passado que exploraram o subsolo do morro também se foram. Eventualmente, a burguesia que hoje mora nos confortáveis condomínios e desfrutam da deslumbrante paisagem de Signal Hill também terá seu lugar na história.
Como cantou nosso Lulu Santos, “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia, tudo passa, tudo sempre passará.”
E de repente, aqui estou eu mandando um sinal de fumaça muito mais longe do que os nativos poderiam imaginar. Quero então aproveitar pra comunicar que estou convicto de que correr atrás da fortuna é como correr atrás do vento. Vamos buscar o que é eterno, buscar a Deus enquanto se pode achar. Porque o resto passa… e passará.
* O Pastor Marcelo Gonçalves reside na área de Los Angeles e dirigiu por vários anos a igreja evangélica vinculada ao Salvation Army de Redondo Beach e de Whittier. O pastor se aposentou em 2019.
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