Há um ano, na segunda semana de março de 2020, nós que vivemos nos Estados Unidos começávamos a perceber que tudo estava prestes a mudar. Várias pessoas começaram a falecer em Nova York (na maioria idosos). Los Angeles se preparava para o primeiro lockdown e nós corríamos para as lojas e supermercados para comprar produtos de limpeza e enlatados.
Muitos trabalhadores começaram a escutar de seus chefes e de empresas para ficarem em casa. Milhões de alunos em todo o país iniciaram o aprendizado à distância. Por um tempo, o papel higiênico foi uma mercadoria que passou a valer muito, já que era difícil de se encontrar. Além disso, os programas de televisão e as mídias sociais compartilhavam notícias alarmantes.
Estamos escrevendo esse artigo no dia 14 de março de 2021, um dia antes de completar um ano em que o condado de Los Angeles tomou a dianteira nos Estados Unidos. O prefeito Eric Garcet decretou lockdown no dia 15 de março de 2020, na semana do aniversário da declaração da Organização Mundial da Saúde.
Algo mais profundo: faz um ano em que as pessoas tiveram consciência que o mundo de alguma forma estava mudando. De uma maneira inesperada e dramática, o coronavírus transformou o modo de como iríamos viver. E depois desse tempo, muitas dessas mudanças ainda fazem parte de nossas rotinas diárias.
Nos primeiros dias da pandemia nos Estados Unidos, o Dr. Anthony Fauci, maior autoridade médica no que se refere a essas crises da saúde no país do Tio Sam, disse que “as coisas vão piorar antes de melhorar”. Até a data desse artigo, 533.904 pessoas vivendo nos Estados Unidos entre cidadãos, com status legal ou ilegal, preto, branco, jovem ou velho, perderam suas vidas. O número global de mortos é de 2,6 milhões de pessoas. Muitas das vítimas do vírus eram vulneráveis, enquanto outras estavam entrando em novos capítulos de suas vidas.
A pandemia não acabou e a taxa de mortalidade nos EUA permanece em quase 1.500 pessoas todos os dias. A cicatriz deve durar muitos anos. Mas um ano depois, estamos jantando fora com uma lasca de otimismo. Ainda existe muita preocupação, mas também muita esperança com as vacinas. Para o dia 1 de maio o novo governo anunciou recente que todos os adultos nos EUA serão elegíveis para receber vacinas, e para o dia 4 de julho, quando os Estados Unidos fazem aniversário, se especula que poderá haver, pelo menos, modestas celebrações do Dia da Independência.
Mas o fato é que ainda precisamos ter cautela, não baixarmos a guarda, e acima de tudo, termos responsabilidade e pensarmos também nos outros e não só em nós mesmos. Por fim, esse artigo está dedicado a todos nós brasileiros, nos EUA e no Brasil, para refletirmos sobre esse ano vivendo com a pandemia do coronavírus e no que podemos fazer para ajudar a volta do que podemos chamar de “vida normal”.
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