Na última atualização epidemiológica a respeito da pandemia, divulgada nesta quarta-feira (27), a Organização Mundial de Saúde (OMS), alertou o mundo sobre a mais recente variante de coronavírus encontrada no Brasil, mais precisamente no Amazonas. A agência informou que a variante está se disseminando rapidamente e isso gera preocupação sobre a possibilidade de a mutação P.1, como é identificada, levar a uma maior transmissibilidade da covid-19.
A cepa originária no Amazonas foi registrada pela primeira vez na cidade de São Paulo na terça-feira (26). Ela foi detectada em amostras dos três pacientes que tiveram Covid-19 e que passaram por atendimento em serviços da rede pública de saúde. Esses pacientes têm histórico de viagem ou residência em Manaus.
Esta nova variante também foi registrada em diversos países, como Itália, Estados Unidos, Alemanha e Japão – pelo menos em oito ao redor do mundo. Além dela, existem outras duas: a britânica e a sul-africana. A primeira já foi detectada em 70 países e a segunda está presente em pelo menos 31 nações, conforme dados da OMS.
A OMS falou sobre a preocupação com a nova cepa e ainda explicou que no Brasil, onde a variante foi inicialmente identificada, além da detecção em um grupo de viajantes do Brasil para o Japão, o número de novos casos semanais nas últimas duas semanas é relatado em níveis mais elevados em comparação com o de setembro a novembro de 2020.
Segundo o informe, a partir de investigações preliminares feitas em Manaus, no Amazonas, foi registrado um aumento na proporção de infecções pela mutação – de 52,2% em dezembro de 2020, para 85,4% em janeiro de 2021. Com isso, o relatório destaca a transmissão local em andamento da variante e a preocupação dela ser mais transmissível ou ser propensa a reinfecção.
Por fim, a OMS afirma que são necessários estudos adicionais “para avaliar se há mudanças na transmissibilidade, gravidade ou atividade neutralizadora de anticorpos como resultado destas novas variantes”.
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