A segunda-feira, 20 de janeiro, além de ter sido um dia marcante para muitos americanos por ser o dia de Martin Luther King (feriado nacional, quando os mercados, bancos e repartições públicas são fechados), por coincidência foi também marcada pela posse de Donald Trump como o 47º presidente dos EUA, selando seu retorno ao poder após um intervalo de quatro anos.
Desde que o feriado de Martin Luther King foi estabelecido em 1983, esta é apenas a segunda vez que coincide com uma posse presidencial, a 60ª em Washington, sendo que a primeira ocorreu na reeleição de Bill Clinton, na década de 1990. A coincidência só deverá acontecer novamente em 2053.
Outro fator notável que marcou a segunda-feira, 20 de janeiro de 2025, foi o local da posse. Em vez da tradicional cerimônia ao ar livre nos jardins do Capitólio, Trump foi empossado dentro do edifício devido ao intenso frio que fazia em Washington naquele dia, algo que não ocorria desde o segundo mandato de Ronald Reagan.
Assim, esse dia entra para a história de várias formas, sendo ainda um destaque dentro do país e ao redor do mundo, já que, nesse mesmo dia, se inicia um novo mandato presidencial nos EUA, com grandes expectativas sobre o que pode acontecer, seja a nível nacional (como temas econômicos, inflação e imigração) ou internacional (como possíveis tarifas protecionistas impostas a países como Canadá, México e China, e o diálogo com Rússia/Ucrânia). Em resumo, há uma grande expectativa sobre como o novo governo pretende conduzir sua administração.
Lembrando que Donald Trump superou impeachment, indiciamentos criminais e tentativas de assassinato para conquistar outro mandato na Casa Branca. Em seu discurso de posse, ele voltou a enfatizar que agirá rapidamente e dará início aos seus planos logo após a cerimônia. Dezenas de ordens executivas, muitas delas polêmicas, já foram preparadas para sua assinatura, entre elas a que autoriza o envio de tropas para reprimir travessias ilegais na fronteira sul com o México, a que aumenta o desenvolvimento de combustíveis fósseis e as que restringem programas de diversidade e inclusão em todo o governo federal.
Em parte de seu discurso, ele disse que os EUA enfrentam uma “crise de confiança” e que, em sua administração, “a soberania dos EUA será recuperada” e que a “balança da justiça será reequilibrada”, prometendo devolver ao povo americano “sua fé, sua riqueza, sua democracia e, de fato, sua liberdade”.
A passagem de bastão do governo americano foi também marcada pela presença de um grupo de bilionários e titãs da tecnologia, incluindo Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Tim Cook (Apple), Sundar Pichai (Google) e Elon Musk (Tesla e X), que ocuparam posições de destaque na Rotunda do Capitólio, misturando-se à equipe de primeiro escalão de Trump antes do início da cerimônia. Vale lembrar que Elon Musk recebeu parte da responsabilidade no novo governo de liderar um esforço para cortar gastos e funcionários federais.
Na chegada de Donald Trump com sua esposa Melanie, Biden cordialmente, junto a sua esposa Jill, deu um “Bem-vindo ao Lar” ao novo mandatário. Os dois presidentes que passaram os últimos anos criticando um ao outro dividiram uma limusine a caminho do Capitólio. Após a cerimônia, Trump caminhou com Biden até o lado leste do prédio, de onde Biden partiu de helicóptero para começar sua vida pós-presidencial.
Se ainda não sabe, acompanhamos a cotação do dólar diante do real diariamente, de segunda a sexta, com análises do que influenciou ou pode influenciar nos mercados do Brasil e Estados Unidos e as possíveis oscilações entre as duas divisas.