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Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer

Quase nove em cada dez adultos norte-americanos receberam pelo menos uma dose de alguma das vacinas disponíveis contra a covid-19. Mas isso não significa que os laboratórios fabricantes já podem parar. Os reforços dos imunizantes continuam sendo um dos focos de pesquisas da Pfizer e outros laboratórios – especialmente porque a imunidade fornecida pela dose de reforço ainda é limitada.

“Reconheço que o maior desafio para o sistema de saúde agora será o cumprimento das recomendações de vacinação”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer, aos participantes da conferência Brainstorm Health da Fortune em Los Angeles, na terça-feira, 10 de maio de 2022.

“As pessoas estarão menos inclinadas a seguir religiosamente as recomendações [da vacina] exigidas se tivermos que fazê-lo a cada três, quatro ou cinco meses ou mesmo se não souberem quanto tempo a eficácia vai durar”, continuou. “É por isso que trabalhar em uma vacina anual, ou uma vacina que dure pelo menos um ano, é o santo graal no momento, e estamos pesquisando intensamente como fazer isso”, complementou Bourla.

Em se tratando das próximas vacinas da Pfizer, Bourla afirmou que reforços específicos que sejam eficazes contra as novas variantes provavelmente estarão disponíveis nos EUA no outono deste ano. Ao que tudo indica a Pfizer provavelmente terá um cronograma mais específico em junho.

Quanto às vacinas contra a covid-19 seguras para crianças menores de cinco anos – tão ansiosamente aguardadas – Albert Bourla afirmou que espera ter esses dados no próximo mês também. Espera-se que a Food and Drug Administration (FDA) autorize uma vacina para esse público infantil, abaixo de cinco anos, oficialmente em junho.

No Brasil, assim como nos EUA, apenas crianças com cinco anos de idade ou mais estão sendo vacinadas contra a covid-19. Da mesma forma que adultos, o esquema vacinal de crianças e adolescentes é composto por duas doses. A decisão foi tomada com base em evidências científicas e a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira, concluiu que as vacinas Pfizer-BioNTech e Coronavac, quando administradas no esquema de duas doses, são seguras e eficazes na prevenção da doença.

 

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