Em meio a um cenário de avanços no combate à pandemia de Covid-19, duas novas variantes do vírus estão chamando a atenção dos especialistas e da comunidade global: a EG.5 e a subcepa BA.6. Enquanto a vacinação e medidas de controle têm contribuído para conter a disseminação do vírus, essas novas variantes mostram que ainda precisamos nos manter vigilantes. Especialistas em imunologia de alguns países, inclusive, discutem a volta da recomendação do uso de máscaras.
A Variante EG.5: O Que Sabemos até Agora
A variante EG.5, também conhecida como Eris, vem ganhando destaque nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Embora não haja evidências de que ela cause doenças mais graves, especialistas apontam que essa cepa tem chamado a atenção devido à sua prevalência. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a EG.5 foi responsável por 17,3% dos casos de Covid-19 relatados durante um período de duas semanas encerrado em 5 de agosto.
Uma notícia encorajadora é que a EG.5 parece ser suscetível às vacinas já disponíveis contra o coronavírus. Andrea Garcia, vice-presidente de ciência, medicina e saúde pública da Associação Médica Americana, afirmou que o CDC indica que a variante responde positivamente às vacinas. Isso sugere que o progresso da imunização pode continuar a ser eficaz no controle dessa cepa emergente.
Subcepa BA.6: Uma Nova Preocupação Global
Por outro lado, a subcepa BA.6 trouxe à tona preocupações crescentes. Identificada inicialmente na Dinamarca e em Israel, essa variante tem sido motivo de discussão entre cientistas devido à sua alta taxa de mutação. Essas mutações podem conferir à subcepa BA.6 uma capacidade de contágio mais elevada, aumentando o risco de disseminação acelerada.
A professora Christina Pagel, da University College London, membro do grupo Independent SAGE, ressaltou que a BA.6 possui várias mutações distintas em relação às cepas anteriores do Omicron. Embora ainda seja cedo para avaliar totalmente seu impacto, a combinação de novas mutações levanta preocupações sobre a possibilidade de uma nova onda de infecções.
A Necessidade de Adaptação
Diante desses cenários, a recomendação de especialistas é clara: a adaptação das estratégias de controle da pandemia continua sendo fundamental. Embora a vacinação tenha sido uma peça-chave na contenção do vírus, é importante que as autoridades de saúde mantenham a vigilância genômica ativa para monitorar a disseminação dessas variantes e avaliar seu impacto na eficácia das vacinas.
Além disso, a comunidade global está sendo aconselhada a manter precauções adicionais, como o retorno ao uso de máscaras de proteção. Especialistas na Inglaterra, inclusive, estão alertando para a necessidade de redobrar a atenção devido à preocupante mutação das variantes da Covid-19.
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