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Marcelo Calero, ex-Ministro da Cultura

A divulgação da cultura brasileira no exterior foi uma das prioridades da gestão de Marcelo Calero, que atuou como ministro da Cultura do Brasil em 2016, nomeado pelo então presidente Michel Temer. Essa intenção foi destacada durante um encontro entre Calero e o na época diretor do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores, ministro George Firmeza, no Ministério da Cultura (MinC), em maio daquele ano.

Na reunião, eles discutiram a possibilidade de uma atuação conjunta entre os dois ministérios na programação cultural realizada pela Rede Brasil Cultura – um instrumento do Ministério das Relações Exteriores para a promoção da língua portuguesa no exterior.

A Rede, que estava presente em todos os continentes e em mais de 40 países, era composta por 24 Centros Culturais, 5 Núcleos de Estudo e cerca de 40 professores universitários selecionados por concurso público para atuar em universidades estrangeiras. A gestão do ministério na época buscava ampliar a visibilidade da promoção da cultura brasileira no exterior, com o objetivo de incentivar a internacionalização e estimular o desenvolvimento dos setores da economia criativa brasileira.

Com a iminente reforma da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, que seria promovida pelo MinC em diálogo com diversos setores da cultura e com a sociedade civil, o diretor George Firmeza ofereceu a contribuição do Itamaraty, apresentando sugestões para alterações na legislação vigente. O objetivo era facilitar e incentivar a atuação de brasileiros no exterior na disseminação da produção cultural do país. Um documento com essas sugestões foi elaborado para ser enviado ao MinC.

No ano anterior, em 2015, o então ministro da Cultura, Juca Ferreira, já havia mencionado que a criatividade do povo brasileiro era o maior patrimônio do país.

“Uma das mais importantes demonstrações da força dessa capacidade criativa ainda é desconhecida e ignorada pelo grande público e pela mídia: são dezenas de milhares de grupos culturais espalhados por todo o Brasil, vivenciando a arte e a cultura como instrumentos de qualificação das relações humanas e produzindo vivências de cidadania. São grupos que se organizaram em torno da capoeira, do teatro, da dança, da música, do cinema e do audiovisual, do Hip Hop e de manifestações tradicionais, entre outras, que com essas ações culturais fortalecem um sentimento de pertencimento e senso crítico em relação às mazelas sociais vigentes”, afirmou na ocasião.

A fala reforçava que as intenções do governo federal e de seus ministros na área da cultura eram de priorizar a divulgação da cultura brasileira no exterior.

 

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