Desde sua fundação, o campeonato mundial de surfe (WSL) tem visto seu cenário dominado por norte-americanos e ingleses, ambos somando 31 títulos. Mas nos últimos anos tudo mudou com a chamada “Brazilian Storm”. Esse termo foi inventado pelos norte-americanos para representar a “tempestade” de bons surfistas brasileiros como Miguel Pupo, Mineirinho, Felipe Toledo e o duas vezes campeão do mundo Gabriel Medina, entre outros, que se destacaram na elite do surfe mundial a partir de 2011.
A etapa do Mundial de Surfe deste ano, em Trestles, nos EUA, chegou ao fim nesta sexta-feira (15) e com dobradinha brasileira. Após a vitória de Silvana Lima, Filipe Toledo desbancou o atual líder do campeonato, Jordy Smith (AFS) e sagrou-se campeão do Circuito Mundial (WCT). Com o placar de 15,67 a 9,33, o natural de Ubatuba conquistou seu segundo titulo na temporada. A vitória encerra o jejum verde e amarelo na parada americana.
Com menos ondas em relação à final feminina, Filipe Toledo construiu seu placar em ondas pequenas. Enquanto isso, Jordy Smith manteve a estratégia de esperar ondas da série. Extraindo ao máximo as ondas que apareciam, Toledo, nos 15 minutos finais, já tinha 13,23 pontos.
Com a vitória de Filipinho Toledo, o WCT volta ao “padrão” de ter pelo menos um surfista com dois títulos na temporada. Até o início da etapa californiana, diferentemente das outras sete temporadas, nenhum surfista havia conseguido o feito. A partir desta etapa, os dois descartes do ranking mundial passam a valer.
Trestles deu a Filipe Toledo uma nova perspectiva na temporada. Se antes o brasileiro estava longe da briga pelo título mundial, Filipinho agora já se vê como um dos candidatos à conquista do Circuito. Com o primeiro lugar na Califórnia, o paulista ganhou duas posições no ranking e agora aparece na sétima colocação, com 34,450 pontos. Toledo é o único surfista a ter ganho duas etapas na temporada, mesmo tendo cumprido suspensão em Fiji.
Já no feminino, Silvana Lima é a campeã da etapa de Trestles do Cirtuito Mundial (WCT). Contra a novata Keely Andrew (AUS), a veterana manteve a invencibilidade e voltou a sentir o sabor da vitória. Após levar o QS 6000 do México, a cearense conseguiu seu melhor resultado nesta temporada na elite do surfe. O placar final foi 17,60 a 10,93.
Com uma atuação surpreendente desde o início da competição, a brasileira reencontrou seu melhor surfe na Califórnia. Na decisão, Lima encontrou uma onda excelente (8,50) e deixou a pressão com a estreante no WCT. O show da Tempestade Brasileira seguiu com mais duas notas acima de oito pontos (8,93 e 8,67). A australina ainda esboçou uma reação, mas em combinação de 17,61, viu o título ser pintado de era verde e amarelo.
Confira o ranking atual dos melhores surfistas do mundo:
Tabela Circuito Mundial De Surfe
CLASSIFICAÇÃO | PONTOS | VITÓRIAS |
---|---|---|
1 Jordy Smith (AFS) | 45.850 | 1 |
2 John John Florence (HAV) | 43.400 | 1 |
3 Julian Wilson (AUS) | 37.200 | 1 |
4 Matt Wilkinson (AUS) | 36.450 | 1 |
5 Owen Wright (AUS) | 35.850 | 1 |
6 Adriano De Souza (BRA) | 34.850 | 1 |
7 Filipe Toledo (BRA) | 34.450 | 2 |
8 Gabriel Medina (BRA) | 30.750 | 0 |
9 Joel Parkinson (AUS) | 26.650 | 0 |
10 Connor O’Leary (AUS) | 24.700 | 0 |
CLASSIFICAÇÃO | PONTOS |
---|---|
1 Sally Fitzgibbons (AUS) | 42.100 |
2 Courtney Conlogue (EUA) | 44.800 |
3 Tyler Wright (AUS) | 44.700 |
4 Stephanie Gilmore (AUS) | 39.950 |
5 Sage Erickson (EUA) | 37.150 |
6 Johanne Defay (FRA) | 36.700 |
7 Nikki Van Dijk (AUS) | 32.000 |
8 Lakey Peterson (EUA) | 31.100 |
9 Carissa Moore (HAV) | 31.050 |
13 Silvana Lima (BRA) | 23.600 |
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