Um estudo preliminar na China, divulgado na quarta-feira (18), mostrou que pessoas com sangue tipo A podem ser mais vulneráveis ao coronavírus, enquanto aquelas com sangue tipo O podem ser mais resistentes.
Pesquisadores que estudaram o Covid-19 em seu epicentro de surtos, Wuhan, e na cidade de Shenzhen, descobriram que a proporção de pacientes do tipo A infectados e mortos pela doença é “significativamente” maior do que aqueles com outros tipos sanguíneos. Simultaneamente, o estudo preliminar chinês afirma que pacientes do tipo sanguíneio O representam uma proporção menor dos infectados e mortos pelo vírus.
“As pessoas do grupo sanguíneo A podem precisar de proteção reforçada para reduzir a chance de infecção”, escreveram os pesquisadores do Centro de Medicina Translacional e Baseada em Evidências, sediado em Wuhan.
A equipe, liderada por Wang Xinghuan, classificou o estudo como “preliminar”, considerando que existe ainda mais trabalho a ser desenvolvido para chegar a “descobertas concretas”.
Publicada no no Medrxiv.org, a pesquisa comparou tipos sanguíneos de 2.173 casos confirmados de coronavírus em Wuhan e Shenzhen com mais de 3.694 residentes saudáveis na área de Wuhan. Enquanto 31,16% dos habitantes de Wuhan possuem sangue tipo A, 37,75% dos pacientes com coronavírus pesquisados no Hospital Wuhan Jinyintan local eram do mesmo tipo sanguíneo. E da mesma amostra de casos de coronavírus no hospital, 25,8% tinham sangue tipo O, em comparação com 33,84% na população em geral.
O estudo também examinou 206 pacientes que morreram do vírus, encontrando 85 vítimas, ou 41,26%, que tinham sangue tipo A. Apenas 52 das mortes, ou cerca de um quarto, eram do tipo O.
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