O diminuição do sexo entre adolescentes no colégio continua nos EUA. No início da década dos 90, pouco mais da metade dos adolescentes americanos mantinham relações sexuais antes de se formarem no ensino médio. Em 2019, apenas 38% dos formados no High School o haviam feito, de acordo com dados de pesquisa do governo divulgados no ano de 2020. O declínio abrange diversos grupos demográficos, sendo mais acentuado entre os adolescentes negros.
Essas tendências são parte de “um afastamento mais geral do comportamento de risco entre os adolescentes”, segundo um artigo do Institute for Family Studies. Segundo o psicólogo Jean Twenge, os adolescentes não apenas estão fazendo menos sexo, mas também estão bebendo e dirigindo menos, para surpresa de muitos americanos. Os que fazem sexo têm maior probabilidade de usar anticoncepcionais.
Por outro lado, há um aspecto sócio-cultural nessa tendência, segundo um artigo do The Atlantic 2018 sobre a “recessão sexual”: parece ser parte de uma mudança maior da atividade social e da intimidade física entre os jovens, iniciada antes mesmo da pandemia.
Em 2023, algumas mídias americanas, incluindo o Los Angeles Times, mencionaram uma série de razões para essa diminuição, e que, segundo pesquisadores, poderia ser atribuída à tecnologia, agendas acadêmicas pesadas e um processo geral de amadurecimento mais lento. A geração Y, e agora a geração Z, estão fazendo menos sexo, com menos parceiros, do que as gerações de seus pais e avós. Difícil de acreditar, mas é o que dizem os pesquisadores e a Association of Psychological Science. Outras causas podem incluir a maior facilidade de acesso à pornografia, mudanças culturais e até o estresse do dia a dia.
Facebook Comments