Os Estados Unidos e o Canadá fecharam um acordo que permite que cada país rejeite os requerentes de asilo que cruzam a fronteira norte sem autorização. A determinação – que deve entrar em vigor em breve – se aplica a pessoas sem cidadania americana ou canadense, que forem pegas dentro de 14 dias após cruzar a fronteira entre os dois países.
Espera-se que o presidente Biden e o primeiro-ministro Justin Trudeau iniciem uma série de reuniões em Ottawa, capital do Canadá, para discutir os principais interesses estratégicos e imigrações.
A informação – divulgada pelo jornal americano The Times – já era especulada após vários anos de negociações entre os países. Mais recentemente, a pauta ganhou intensidade após o aumento no número de travessias não autorizadas da fronteira em ambas as direções.
Durante todo o período de 2022, 40 mil pessoas cruzaram a fronteira a pé para entrar no Canadá. Desde outubro de 2022 até fevereiro de 2023, cerca de 2.856 prisões de imigrantes na fronteira norte foram registradas.
Atualizações na legislação
A nova determinação viria para atualizar o Safe Third Country Agreement, que entrou em vigor em 2004, onde se exigia que os imigrantes que chegam por um porto de entrada oficial busquem asilo no país por onde passam. O antigo acordo, no entanto, não se aplicava a pessoas que cruzassem a fronteira norte sem permissão.
Como parte do acordo entre os países, o Canadá deve anunciar 15 mil vagas para que imigrantes do Hemisfério Ocidental se inscrevam para entrar legalmente no país.
Nos últimos meses, os Estados Unidos mudaram sua estratégia de imigração para tentar reduzir os imigrantes que tentam cruzar a fronteira EUA-México. As travessias da fronteira sul, que vinham aumentando há meses, caíram drasticamente em fevereiro depois que os EUA começaram a usar a Title 42.
A nova estratégia se trata de uma lei de saúde pública para devolver cubanos, venezuelanos, haitianos e nicaraguenses ao México. Ao mesmo tempo, o governo ofereceu às pessoas dos quatro países novas opções para entrar legalmente nos Estados Unidos. A administração também planeja uma nova legislação para limitar o acesso de asilo na fronteira sul para aqueles que entram sem autorização.
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