downloadA juventude brasileira está cada dia mais dialogando e criando alternativas positivas para os problemas ligados ao meio ambiente, à poluição, ao efeito estufa, e a tantos outros que comprometem seriamente o futuro das próximas gerações em nosso planeta. Durante o evento Mostratec, no Rio Grande do Sul, em outubro, jovens de todo o Brasil tiveram a oportunidade de expor suas ideias sustentáveis que podem mudar as cidades brasileiras futuramente.

O Mostratec, considerado o maior evento de sustentabilidade da América Latina para jovens do ensino fundamental ao médio, reuniu 420 projetos de jovens cientistas entre 14 e 20 anos de idade, do Brasil e de mais 20 países. Durante a feira, que aconteceu em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, entre 25 e 27 de outubro, ideias e exposições de projetos sustentáveis foram apresentados pelos jovens que mostraram a capacidade de criação com foco no futuro do meio ambiente e na acessibilidade de energias baratas para famílias de baixa renda.

Alguns projetos que se destacaram

ENERGIA DE BAIXO CUSTO – Elaborado por estudantes da FAETEC Helber Vignoli Muniz, de Saquarema (RJ), o projeto Árvores fotovoltaicas com designer inspirado em Angiospermas prevalentes em cada bioma brasileiro é um dos projetos na feira. Orientadas pelos professores Aline Santos Martins e Amilcar Brum Barbosa, as estudantes Vitória Plácida Sabino de Luna e Clara Torres Cardoso desenvolveram um sistema para alimentação de residências, por meio de um sistema de geração de energia elétrica autônomo, de baixo custo, sustentável, eficiente, de fácil construção. “Nosso foco foram famílias de baixa renda, sem acesso à energia elétrica”, destaca Clara. As estudantes criaram protótipos de árvores com base na natureza, repetindo a posição dos galhos de acordo com as árvores da região para aproveitar o máximo da incidência solar nas placas fotovoltaicas.

PET PARA CARROS E CONSTRUÇÃO CIVIL – De Santa Rosa do Viterbo (SP), os estudantes Yuri Miranda Bertocco, Gustavo Balbão Santos e Artur Massaro Gonzaga analisaram o uso de barras de pet na construção civil e na indústria automobilística. A orientação foi do professor Valdir Ferretti Sobon. As barras desenvolvidas a partir da reciclagem de garrafas pet são capazes de resistir a um peso superior a 120 kg. “Produzimos o protótipo de um kart com um custo de R$ 3.700,00 e cerca de 70 kg de peso”, diz Yuri, lembrando que um veículo padrão custa cerca de R$ 20 mil e pesa aproximadamente 120 kg. “Para o protótipo, usamos 60 kg de garrafas pet”, complemente Artur, enfatizando o reuso de um material que estaria poluindo oceanos e mananciais hídricos. Eles estão pesquisando a aplicação do produto em chapas e barras de sustentação na construção civil.

CASA AUTOMATIZADA – As estudantes Nathália Silva Martins, Maria Izabel Cavalcante Moura e Beatriz Cerqueira Brandão de Jesus apresentam o projeto Casa Automatizada: Sistemas Inteligentes em Ambientes Residenciais Utilizando Energia Renovável. A iniciativa foi desenvolvida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, de Salvador, sob a orientação dos professores Andrea Cassia Peixoto Bitencourt e Justino de Araújo Medeiros.

LIXEIRA SUSTENTÁVEL – No Amapá, foi desenvolvido o projeto Lixeira Sustentável: uma simples solução para um grande problema, da estudante Aira Beatriz Cardoso de Souza. Aluna da Escola Meta, de Macapá, ela pesquisou o reaproveitamento de resíduos de impressão gráfica (lonas, tubos de papelão e banners) como um meio alternativo para a fabricação de lixeiras sustentáveis. O projeto teve a orientação dos professores Emilson Pereira da Silva e Danielle Alessandra Pereira de Brito. A pesquisa resultou em um projeto-piloto na Escola Estadual Santa Maria (Macapá), que recebeu 20 lixeiras para uso no local e em palestras e oficinas educativas.

TELHADO VERDE – Adaptar uma biocobertura que permita o reuso de águas pluviais de maneira sustentável, assim como melhore o conforto térmico no interior das residências. Esse foi o objetivo dos estudantes Wesley Davi de Oliveira e Jason Felipe de Alvarenga no momento de elaborar o projeto Telhado Verde Filtrante Sustentável. Os dois estudam na Escola Estadual Newton Câmara Leal Barros, de Taubaté (SP) e tiveram a orientação da professora Enilda da Silva Morais.

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