Por Laís Oliveira
Será que as melhores fotografias são aquelas tiradas por profissionais com experiência? Será que todas as fotos precisam de edição final antes de ser entregue a um cliente com recursos como photoshop? Esta é uma dúvida muito comum entre os iniciantes ou até mesmo para quem tem a fotografia como hobby, afinal, atualmente raras são as fotos que saem perfeitas com apenas o clique e, para uma boa edição de imagem, é preciso realmente entender de pós-produção, técnicas de edição de imagens e ter domínio em programas desse tipo.
“O fator experiência ajuda e muito para que uma foto saia perfeita no exato momento em que ela está sendo tirada, mas quando isso não acontece é preciso lançar mão de bons programas de edição de imagens. E para manuseá-los corretamente é necessário conhecimento sobre as técnicas de iluminação, enquadramento, padrão, cenário, entre outros”, nos diz Claudia Passos, a fotografa de suporte e eventos da Soul Brasil.
Na era digital em que vivemos, são poucos os profissionais da fotografia e quase nenhuma agência de publicidade, jornalismo, e marketing que usam imagens sem edição final. Isto acontece porque os programas de edição melhoram a qualidade da imagem ou até mesmo podem alterá-la retirando ou acrescentando efeitos, personagens e objetos da foto, o que enriquece a imagem que geralmente é vendida para revistas, agências e meios de comunicação.
Mas se você não trabalha neste ramo e a fotografia é apenas um hobby, estes recursos de edição provavelmente serão desnecessários já que as câmeras compactas e os novos telefones celulares trazem cada vez mais avanços tecnológicos que processam a imagem final na hora do clique.
O que antigamente se esperava conseguir por horas seguidas, uma boa luz, um dia especial, uma coloração exata ou sol ou uma lua incrível brilhando no céu, hoje simplesmente se cria. Não há como voltar atrás, não há como não admirar este avanço da tecnologia, mas ao mesmo tempo, muitos profissionais se questionam se não estão deixando de lado sua habilidade na arte de fotografar para usufruir de recursos que os softwares de edição de imagem disponibilizam.
“Apesar do imprescindível, há de se colocar certo bom senso ao utilizar esses tipos de programas, afinal para uma boa fotografia é importante captar a essência, a base do que está a ser fotografado, o que é totalmente corrompido com uma edição de imagem sem o bom senso”, acrescenta Claudia Passos. Muitos profissionais questionam o uso indiscriminado e afirmam que devido a estes programas, muitos fotógrafos ou iniciantes deixam de dar importância à técnica fotográfica e passam a se preocupar mais em saber dominar esses programinhas.
“O bom é ter a percepção entre o bom senso e o exagero. Poucas são as agências e empresas de comunicação que aceitam uma imagem crua. Por exemplo, na fotografia de moda, o uso de retoques acontece em 90%, seja por vaidade da pessoa fotografada, por incompetência do fotógrafo ou do retocador, ou por exigência e perfeccionismo da empresa”, complementa a fotógrafa da Soul Brasil.
E aí entendemos o quanto é importante usar esse tipo e ferramenta com bom senso. Para corrigir uma luz, tirar uma pessoa indesejada da foto, fazer um recorte, mudar a temperatura da cor, um estouro de flash em alguma parte do corpo, até mesmo para adaptar a foto para uma boa impressão. O erro está em exagerar em seu uso e transformar as pessoas por completo, perder a essência da foto, acrescentar muitos efeitos à imagem, tornar seres humanos imperfeitos em homens e mulheres sem defeitos.
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