O nariz começa a escorrer, a cabeça dói e a garganta incomoda. A dúvida surge: estou com crise alérgica, resfriado ou Covid-19? Quem identifica os sintomas se vê logo preocupado e sem saber, muitas vezes, se vai logo fazer um teste de Covid-19, se toma um antialérgico ou antigripal, ou se busca ajuda médica.
A Covid-19, principalmente no começo da infecção, facilmente se confunde com esses problemas de saúde já bem conhecidos por todos nós. Agora, com o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a indefinição tende a ser ainda maior.
As SRAG diz respeito ao estado onde a síndrome gripal evolui para o comprometimento da função respiratória que, na maioria dos casos, leva à hospitalização. Sem a realização de um teste (ou seja, sem um status definido), as causas podem ser vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da Influenza do tipo A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-COV-2, bactérias, fungos e outros agentes.
A confusão a respeito dos sintomas é o que mais preocupa quem se vê doente. Então como distinguir os sintomas?
De acordo com o médico infectologista de São Paulo, Gustavo Henrique Johanson, as diferenças começam a surgir a partir do terceiro dia de sintomas. Nos primeiros dias da doença é praticamente indistinguível. Mas a gripe dura dois dias para grande maioria das pessoas, três quando muito.
Já quando o quadro é de Covid-19, o paciente pode ficar com febre 10, 12, 14 dias. Se a pessoa não melhora em dois dias, continua com dor de garganta, febre, com pouco apetite, coriza e dor no corpo, clinicamente falando, a probabilidade de ser Covid-19 ganha mais força.
No Brasil, de acordo com a Fiocruz, entre fevereiro e março (2023*) a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,8% para influenza A; 3,0% para influenza B; 26,8% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 49,7% para coronavírus (covid-19).
O teste de Covid-19 ainda é a única forma de descartar a infecção. Em caso de teste positivo, o isolamento durante 15 dias ainda é indicado, bem como o teste sorológico, após o período de isolamento, para saber se ainda há transmissão e se já pode voltar à rotina normal.
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